Via (VIIA3), dona da Casas Bahia, espera Dia das Mães melhor do que em 2022

Sérgio Leme, VP da empresa, afirma que a segunda data mais importante para o varejo está sendo positiva e dentro das expectativas

Para o setor de varejo, datas comemorativas são sempre muito interessantes, e com o Dia das Mães, claro, não seria diferente. De acordo com Sérgio Leme, vice-presidente de relações com investidores, pessoas e estratégia da Via (VIIA3), muitas vendas já foram realizadas nas últimas semanas direcionadas a esta data comemorativa.

“Se eu comparo com o que aconteceu ao longo dos últimos meses, acho que a gente está em um momento positivo como Via. O que é uma indicação de que teremos um Dia das Mães saudável, positivo, e dentro das nossas expectativas, que não eram tão modestas”, conta o executivo em entrevista exclusiva para Inteligência Financeira durante a 16ª LatAm CEO Conference Itaú BBA.

Ao comparar a data com o mesmo período do ano passado, o executivo afirma que a projeção é a de que a Via tenha um modesto crescimento.

“Estamos mirando neste pequeno crescimento, que seria de um dígito baixo. Isso porque é um ano de bastante atenção à rentabilidade, à defesa das posições de caixa. Portanto, é um ano de cautela”, analisa.

‘Via está muito bem preparada para restabelecer crescimento no futuro’

Recentemente, a companhia divulgou os resultados do primeiro trimestre deste ano, e, segundo Leme, a taxa de juros elevada contribuiu para que o setor não atingisse os melhores rendimentos.

Ainda assim, o executivo é positivo. “Fomos impactados nos últimos 12 meses pela taxa de juros, mas quando eu olho para o cenário de longo prazo, a Via está muito bem preparada para restabelecer crescimento no futuro. Porém, ainda precisamos passar pela tormenta”, acredita.

E isto, de acordo com o VP da Via, significa muito rigor nas alocações de capital da empresa. “Ou seja, onde e como investimos, como medimos o retorno do que investimos e na eficiência operacional da companhia”, pontua.

Consumidores também afetados

Além disso, o momento econômico mundial também afetou o poder de consumo de todos, inclusive os brasileiros, claro. “A gente vem de uma inflação, com perda do poder de consumo do brasileiro. Então, além da taxa de juros impactando o resultado financeiro das empresa, e da Via especificamente, a gente tem também um consumidor com o cinto apertado e poder de compra limitado”, analisa Sérgio Leme.

Portanto, para o executivo, 2023 é um ano delicado, que merece ser tratado com carinho. “Mas, em algum momento, isso passa e a gente como varejista somos os eternos otimistas. Os ciclos vêm e os ciclos vão”, afirma.