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Silicon Valley Bank: quais são as perspectivas para os investidores brasileiros?
Na última sexta-feira (10), um anúncio tomou conta dos noticiários: o pedido de falência do Silicon Valley Bank (SVB). Esse colapso representa a segunda maior quebra bancária da história dos Estados Unidos. Sendo superada apenas pelo Lehman Brothers, um dos símbolos da crise econômica de 2008.
Desse modo, a questão que fica é: quais são as perspectivas para os investidores brasileiros que aplicam parte do patrimônio em ativos internacionais?
SVB: variação é a palavra-chave na hora de investir
Para Willian Castro Alves, colunista da IF e sócio da corretora digital Avenue, é importante seguir a premissa de manter uma carteira de investimentos diversificada. Inclusive fora do país.
“Uma regra básica é: não colocar todos os ovos numa cesta só e diversificar suas aplicações por meio de uma moeda forte. Além disso, muitas pessoas veem possibilidades no mercado americano somente em renda variável, mas também existem diversas oportunidades em renda fixa”, afirma.
Segurança ao investir
José Eduardo, editor chefe da IF, vê como muito importante a ação das instituições financeiras para garantir a estabilidade do mercado após o caso do Silicon Valley Bank. “Um ponto de observação é entender como as instituições vão aperfeiçoar seus métodos para garantir ao investidor um respaldo, do ponto de vista de informação, para estar minimamente seguro no momento de investir”, diz o jornalista.
Mercado brasileiro pode passar por mudanças
Aliás, uma das dúvidas mais comuns sobre o caso SVB envolve o impacto que esse colapso pode causar no mercado de startups. Que é o principal nicho ligado ao banco norte-americano.
José Eduardo ressalta que, um dos pontos a serem observados nos próximos meses é se haverá alguma mudança no comportamento das empresas e investidores. “Então, a questão é: nós estamos vendo uma mudança na forma que empresas de tecnologia se financiam e na postura do investidor, que antes estava disposto a assumir mais riscos e agora pode adotar uma postura mais conservadora”.
Por outro lado, pensando na questão do investidor brasileiro de fintechs, a economista da IF, Fernanda Mello, acredita que assim como nos EUA, nós também temos por aqui instituições para garantir a estabilidade financeira dos ativos, como é o caso do FGC.
“Falando sobre Brasil, a gente precisa avaliar o ratting do banco emissor na hora de escolher uma renda fixa”, argumenta.
A seguir, você vê o trecho da entrevista em que Fernanda fala sobre este tema:
Além disso, a economista da IF também aponta que, com o caso do Silicon Valley Bank, as startups brasileiras precisarão se adequar a uma nova realidade. “As novas empresas que ainda estão se consolidando dentro do mercado brasileiro, naturalmente vão precisar se reinventar dentro de um novo modelo de negócios”, declara.
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