Ações do Pão de Açúcar têm potencial de alta de 95%, estima Itaú BBA

Banco tem recomendação de compra para PCAR3 com preço-alvo de R$ 32

Em relatório divulgado nesta terça-feira (28), o Itaú BBA informou ter reiniciado a cobertura das ações de Grupo Pão de Açúcar (GPA) com recomendação de ‘compra’ para PCAR3 e um novo preço-alvo de R$ 32 ao fim de 2022. O valor representa um forte potencial de alta de 95% em relação ao fechamento de segunda-feira.

Às 15h15 da sessão desta terça na B3, os papéis do GPA avançavam 2,92%, negociados a R$ 16,92. O movimento de valorização era influenciado pela avaliação positiva da equipe de análises do banco.

“Nossa visão construtiva é sustentada principalmente por uma análise da soma das partes (SOTP, na sigla em inglês) que indica que, mesmo com descontos significativos para cada unidade de negócios (operação brasileira, Éxito e Cnova), a ação oferece uma relação risco-retorno positiva”, destaca no documento o time de consumo do Itaú BBA. “A monetização dos ativos não essenciais do grupo tem sido um tema recorrente de discussão entre os investidores, particularmente após o bem-sucedido desmembramento do Assaí”, acrescentam os analistas.

“Fizemos uma análise de sensibilidade sobre o preço atual de PCAR3 e possíveis valores de monetização para a Éxito (varejista com atuação na Colômbia) e a Cnova (que reúne as atividades de comércio eletrônico do GPA), a fim de avaliar o valor implícito da operação brasileira”, prosseguem os profissionais. “Concluímos que mesmo com um desconto de 50% sobre o preço atual das ações da Éxito e da Cnova, o valor implícito da operação brasileira do Grupo Pão de Açúcar está próximo a zero. Sendo assim, acreditamos que uma potencial monetização geraria valor para PCAR3”, reforçam.

“Entretanto, avaliamos que receios crescentes com possíveis provisões trabalhistas podem ser parcialmente responsáveis pelo valuation pressionado da ação”, anotam. “Embora a análise de sensibilidade indique claramente que há valor a ser desbloqueado para a PCAR3, os investidores têm levantado algumas preocupações, sendo a principal delas a venda da operação Extra. A transação incluiu o fechamento de algumas lojas e de um centro de distribuição (CD), bem como a demissão de funcionários, o que pode exigir algumas provisões trabalhistas adiante”, completam.