IPCA-15 registra deflação de 0,37% em setembro, aponta o IBGE

O resultado veio melhor que as expectativas do mercado, que projetava uma queda de 0,22%

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve uma deflação de 0,37% em setembro. Foi a segunda deflação seguida registrada pelo indicador, que funciona como prévia do IPCA – índice usado pelo governo como referência para o cumprimento da meta de inflação.

A prévia da inflação de setembro veio melhor que as expectativas do mercado, que esperava uma queda de 0,22% contra agosto, segundo mediana das projeções de 33 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas coletadas pelo Valor Data foi de -0,39% a -0,07%.

Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,63% até setembro e de 7,69% em 12 meses. No acumulado de 12 meses até setembro, a mediana de projeções coletadas pelo Valor indicava inflação de 8,12%, com estimativas que foram de altas de 7,94% a 8,29%.

Destaques do IPCA-15 de setembro

Apesar da deflação no índice geral, os preços de somente três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados recuaram em setembro. A maior influência veio dos transportes (-2,35%), com impacto de -0,49 ponto percentual (p.p.) no mês.

Os subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) tiveram queda nos preços no período, com a gasolina contribuindo com o impacto negativo mais intenso (-0,52 p.p.) entre os 367 subitens pesquisados no IPCA-15 de setembro.

Esse resultado decorre da redução no preço do produto vendido para as distribuidoras, em 16 de agosto (R$ 0,18 por litro) e em 2 de setembro (R$ 0,25/l).

Além disso, houve recuo nos preços de comunicação (-2,74%) e alimentação e bebidas (-0,47%), com impactos de -0,14 p.p. e -0,10 p.p., respectivamente.

No lado das altas, a maior variação veio de vestuário (1,66%), que acelerou em relação a agosto (0,76%). Destaca-se, ainda, o grupo saúde e cuidados pessoais (0,94%), que teve a segunda maior variação e o maior impacto positivo (0,12 p.p.) no índice de setembro.

Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de educação e o 0,83% de despesas pessoais.