Deflação acumulada de julho a setembro é a maior da série histórica do IPCA

Excluindo gasolina do cálculo, índice teria inflação em julho, agosto e setembro

A deflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos meses de julho a setembro foi de 1,32%, a maior queda de preços para um período de três meses de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1980.

As taxas do indicador oficial de inflação no país foram de -0,68% em julho, -0,36% em agosto e -0,29% em setembro. O IPCA não registrava uma sequência de três meses seguidos de queda nos preços desde 1998, também nos meses de julho, agosto e setembro. Naquele período, a queda de preços acumulada foi de 0,85%.

Sem gasolina

Um exercício da equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que exclui a gasolina do cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que a inflação teria subido nos meses de julho, agosto e setembro e não registrado deflação, como foi o resultado observado.

A conta retira a gasolina do cálculo do IPCA e redistribui seu peso entre os demais itens do índice. Neste exercício, a inflação teria subido 0,39% em julho, 0,32% em agosto e 0,15% em setembro.

O indicador oficial registrou deflação de 0,68% em julho, 0,36% em agosto e -0,29% em setembro. A queda de preços acumulada nos três meses foi de 1,32%. Esta foi a primeira sequência de três meses de taxas negativas desde 1998 e a maior retração acumulada em um trimestre de toda a série histórica da pesquisa.

“Individualmente, o item que mais contribuiu para a deflação nos últimos três meses foi a gasolina”, diz o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.