Ações de tecnologia ampliam quedas e pressionam bolsas de NY e da Europa
- Hoje, o setor sofre pressão de uma retomada dos avanços nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano
As ações de tecnologia ampliaram as perdas vistas mais cedo, tanto em Nova York quanto na Europa, pressionando as bolsas de ambos os lados do Atlântico, em um dia de bastante volatilidade nos mercados acionários globais.
Em Wall Street, o índice tecnológico Nasdaq lidera as perdas, com queda de 0,66%, a 13.802,60 pontos, depois de tocar uma mínima intradiária de -1,21%, enquanto o S&P 500 sobe 0,06%, a 4.465,30 pontos, e o Dow Jones cai 0,34%, a 34.633,92 pontos.
Na Europa, o índice Stoxx 600 sobe 0,12%, a 455,16 pontos, depois de operar brevemente em queda. O índice DAX, referência da bolsa de Frankfurt, opera em queda de 0,42%, e o CA 40, de Paris, recua 0,41%, enquanto a bolsa de Londres segue na contramão de seus pares, com alta de 0,61%.
As ações de tecnologia pioraram bastante o sinal ao longo do começo da sessão: no S&P 500, o setor chegou a tocar queda de 1,37% na mínima intradiária e operava há pouco em queda de 1,12%, depois de abrir e chegar a operar brevemente em alta. Na Europa, as ações de tecnologia pioraram o sinal e operam em queda de 1,47% no Stoxx 600.
As ações do setor têm tido uma das piores performances no ano, acumulando perdas de 11,7% em 2022, no S&P 500, sofrendo pressão dos receios em torno da retirada de estímulos monetários dos bancos centrais das principais economias desenvolvidas.
Hoje, o setor sofre pressão de uma retomada dos avanços nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). O yield da T-note de dez anos opera em alta a 2,237%, de 2,148% do fechamento anterior, enquanto o do papel de dois anos sobe a 2,025%, de 1,957% do encerramento da sessão da sexta-feira passada.
As bolsas seguem bastante voláteis, porém, com o Nasdaq, em especial, variando entre alta de 0,37% e queda de 1,21% nas mínimas e máximas intradiárias.
Para Andrey Nousi, diretor executivo (CEO) da Nousi Finance, o mercado financeiro continua muito binário, com movimentos muito fortes, de alta e de baixa.
“A ausência de notícias ruins permitiu uma recuperação dos índices acionários em Nova York, com os investidores já entendendo o impacto da guerra. Mas o cenário ainda é muito binário e isso ainda traz cautela”, diz, referindo-se ao maior ganho semanal em 16 meses em Wall Street.
Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.