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Veja 10 ações recomendadas pelos especialistas para investir em janeiro de 2025
Empresas citadas na reportagem:
Ano novo, novas expectativas para quem investe na bolsa de valores? Começamos 2025 por aqui na Inteligência Financeira com a tradicional lista das dez ações recomendas pelos especialistas para ter na carteira em janeiro.
Antes de tudo, após o tombo de 10% do Ibovespa em 2024, o humor no mercado de ações deve seguir pesado ao longo de 2025. Isso com os investidores à espera de respostas para uma série de perguntas.
Mas quais são elas? O Itaú BBA elencou em relatório alguns dos principais fatores que devem mexer com os negócios na B3.
- Em que patamar os juros americanos irão se estabilizar?
- A economia chinesa vai finalmente reagir aos pacotes de estímulo do governo local?
- Aqui no Brasil, teremos sinalizações de compromisso com o fiscal e controle da trajetória da dívida pública?
- Quais serão as consequências para a nossa economia de um governo Trump mais protecionista?
- Até onde irá a Selic?
- Com juros altos, as empresas conseguirão entregar crescimento de lucros aos acionistas?
Diante de tanta incerteza pela frente, o Itaú BBA avalia que resta ao investidor optar pela racionalidade e pragmatismo.
“Respeito ao perfil de risco, diversificação e seleção criteriosa de ativos devem ser os mantras para atravessar um ambiente macroeconômico que, potencialmente, deve melhorar apenas em 2026”, aponta o banco no relatório.
Então, descubra a seguir as dez ações recomendadas pelas instituições financeiras para janeiro de 2025.
WEGE3
“A WEG está exposta a um mercado com expectativa positiva de crescimento, relacionado principalmente a eficiência energética, mobilidade elétrica, automação industrial e inteligência artificial, entre outros.
A volatilidade de seus resultados é reduzida devido especialmente à diversificação de produtos, capacidade de produção verticalizada, presença geográfica global, exposição a mercados internacionais (~60% de sua receita) e baixa alavancagem. Além de possuir bom histórico de execução e governança.
Para 2025, esperamos continuidade de expansão de resultados. Impulsionada pelo avanço relacionado aos negócios de Transmissão e Distribuição, segmento onde a companhia espera dobrar de tamanho até 2026.
Assim como à integração e captura de sinergias junto à Regal, cuja capacidade está subutilizada e cujas margens estão abaixo das historicamente apresentadas pela WEG.
Estimamos avanço gradual de margens e do Retorno sobre Capital Investido (ROIC), atingindo ~38% em 2025, além de crescimento de receita líquida, EBITDA e lucro líquido.
Por fim, esperamos posição confortável de caixa para a companhia. Com espaço para possíveis novas aquisições, e alguma contribuição positiva da variação cambial no ano.” (BB Investimentos)
ISAE4
Tese de investimento atrativa que contempla crescimento e retorno via dividendos. Além de alta previsibilidade com o baixo risco do negócio e proteção contra inflação por ter receita indexada ao IPCA.
A ISA Energia garantiu mais uma fase de expansão com a conquista de novos projetos nos leilões de transmissão de energia entre 2018 e 2023, aproveitando o recebimento de indenização de ativos antigos recebidos a partir de julho de 2017.
O atual ciclo da RAP (receita anual permitida), iniciado em julho de 2024, consolidou o reajuste anual pelo IPCA acumulado nos últimos 12 meses (+3,93%) e o resultado das revisões tarifárias previstas para 2023 e 2024.
Isso com destaque para o contrato 059/2001 (renovado em 2012), que teve redução do componente econômico da RBSE mas contou com acréscimo de valores do componente financeiro até 2032.
Portanto, sem impacto econômico relevante.
A companhia também divulgou recentemente o resultado do 3T24, já sensibilizado pelos reajustes e revisões tarifárias a partir de julho de 2024.
Aproveitamos para atualizar nosso modelo de avaliação e apresentar nosso novo preço-alvo de R$ 33,40 por ação ISAE4 para o fim de 2025 (antes R$ 32,50)”. (BB Investimentos)
ITUB4
O segmento bancário de varejo no Brasil mudou drasticamente, particularmente no segmento de baixa renda.
Acreditamos que o Itaú tem feito um ótimo trabalho (o melhor entre os incumbentes) aceitando e se adaptando ao cenário de mudanças. O que acreditamos que permitirá que seu ROE sustentável aumente a diferença em relação aos pares.
No terceiro trimestre, o Itaú registrou outro trimestre forte, com ROE de 22,7%.
O banco também está operando com excesso de capital, o que deve se traduzir em rendimentos de dividendos maiores à frente.
A iniciativa do One Itaú também é um tema muito discutido, embora ainda seja difícil ‘tangibilizar’ sua importância para a tese de investimento.
Com essa atualização da marca/abordagem e o super aplicativo One Itaú, o banco também passou do modo de defesa para o modo de ataque. O banco não deseja seguir tendências, mas ser um “pioneiro”, sempre orientado por uma visão que prioriza o cliente.
As ações do Itaú superaram o desempenho de seus pares privados, Bradesco/Santander, pelo terceiro ano consecutivo. E não acreditamos que isso mude nos próximos 12 meses.
Negociadas a 6,6x P/L para 2025 e 1,6x P/VP, o valuation do Itaú é atraente.” (BTG Pactual)
BBAS3
“A recente correção do preço da ação sugere que as expectativas já eram baixas sobre os resultados do 3T24, com um impacto maior no provisionamento de crédito, mas ainda acreditamos que a deterioração foi pior do que temíamos.
Embora não seja mais nossa principal escolha entre as ações recomendadas (é o Itaú), ainda achamos os papéis do Banco do Brasil atraentes e acreditamos que a maior taxa Selic oferece boa proteção de lucros para 2025.
Nossa recomendação é de compra, com suas ações sendo negociadas a 3,9x P/L e 0,7x P/VP para 2025.” (BTG Pactual)
B3SA3
“Apesar de projetarmos um 2025 mais desafiador em termos de ADTV (volume médio diário negociado) de ações para a B3, acreditamos que a combinação de valuation atraente (P/L 2025E de 12x) e um sólido dividend yield (~8% para 2025E) constituem uma assimetria interessante para a B3.
Além disso, o nível atual das ações já precifica um cenário de ADTV mais fraco para 2025 (~R$ 18 bilhões, cerca de 22% abaixo da média do 2S24, de R$ 23,3 bilhões).
No Dia do Investidor da B3, realizado em dezembro, a administração destacou os esforços de não apenas aprimorar o negócio principal, mas também expandir sua presença em outras verticais (por exemplo, dados e plataformas).
A administração enfatizou os esforços de diversificação em derivativos, bem como em OTC.
No geral, a B3 acredita que todos os segmentos de receita podem registrar crescimento de dois dígitos em 2025.
Além disso, entre as muitas iniciativas da B3, destacamos que a Neurotech e a Neoway, adquiridas pela empresa nos últimos anos, já atingiram o breakeven durante 2024 e devem continuar a dar frutos em 2025.
Entre os muitos produtos no pipeline da B3, a administração destacou novas iniciativas em criptoativos, renda fixa, duplicatas e produtos offshore.” (Santander Corretora)
PETR3
“No dia 21 de novembro, a Petrobras divulgou seu Plano de Negócios 2025-29, com mudanças que foram bem recebidas pelos investidores. Isso juntamente com o anúncio de ~US$ 3,5 bilhões em dividendos extraordinários.
Enquanto a projeção de capex para os próximos 5 anos aumentou para US$ 111 bilhões (vs. US$ 102 bilhões anteriormente), a companhia também antecipou uma produção de petróleo de 2,3 MMbpd em 2025E (vs. 2,2 MMbpd anteriormente)
Também maior flexibilidade da estrutura de capital, por meio de uma posição de caixa mínimo menor (US$ 6 bilhões vs. US$ 8 bilhões indicados anteriormente).
E um teto de dívida bruta maior (US$ 75 bilhões vs. US$ 65 bilhões anteriormente), que devem dar mais espaço para dividendos extraordinários em 2025.
No geral, enxergamos boa recepção dos investidores ao Plano de Negócios, particularmente porque ele prevê um menor capex e maior produção de petróleo em 2025E e dá maior flexibilidade à estrutura de capital.
Assim, permitindo novos dividendos extraordinários à frente.
Do ponto de vista de valuation, vemos PETR atualmente negociando a ~3,4x EV/EBITDA 2025E (vs. a média histórica de 10 anos de 4,2x), com um sólido momento apoiado por uma recuperação gradual da produção de petróleo no 2S24 e 1S25.” (Santander Corretora)
SLCE3
“(Entre as ações recomendadas) Vemos a SLC como uma das melhores operadoras do setor de grãos do país. Embora o setor esteja passando por um momento desafiador no curto prazo, considerando a baixa do ciclo da soja, acreditamos que deve voltar a ganhar relevância na economia no médio e longo prazo, em linha com as últimas décadas.
Dessa maneira, acreditamos que ter a SLC na carteira nos oferece uma opcionalidade positiva, pois, caso haja uma indicação de uma possível inflexão no ciclo da soja, a reação do mercado deve ser positiva.
Além disso, o atual momento pode oferecer boas oportunidades de alocação de capital para a companhia, devido à fragilidade de vários concorrentes menores da indústria.
Por fim, a depreciação do real frente ao dólar deve ser um importante impulsor de resultados.” (Itaú BBA)
IGTI11
“Preferimos, diante do atual cenário macroecônomico turbulento, manter exposição ao varejo por meio de uma operadora de shoppings premiums, estratégia que julgamos mais defensiva.
Acreditamos que o aumento esperado da inflação para 2025 deverá beneficiar a receita da companhia, devido aos reajustes contratuais dos aluguéis (geralmente indexados ao IGP-M).
Por conta do seu portfólio de altíssima qualidade, esperamos que a Iguatemi consiga repassar essa inflação mais alta aos aluguéis sem sofrer impactos negativos na taxa de ocupação ou na inadimplência.” (Itaú BBA)
SUZB3
“Apesar das mensagens recentes mais cautelosas sobre a dinâmica do mercado de celulose para os próximos anos, vemos a Suzano entre as ações recomendadas e bem-posicionada para extrair valor tanto dos seus ativos existentes quanto das oportunidades de crescimento.
A combinação de maiores volumes, queda de custos e real mais fraco deve se traduzir em geração de caixa material em 2025.
Na frente de alocação de capital, gostamos do tom da administração de uma abordagem mais conservadora daqui em diante, reforçando que a empresa não realizará nenhuma fusão ou aquisição considerável nos próximos anos.
Portanto, ajudando em seus esforços de desalavancagem.” (Ágora Investimentos)
ELET6
“A Eletrobras é umas das principais empresas do setor, com atuação em geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. A empresa responde por cerca de 25% da capacidade de geração do país e 40% das linhas de transmissão.
Ultimamente, o mercado de ações do Brasil tem estado sob muito estresse, em meio ao aumento dos juros futuros, e a Eletrobras não ficou imune a isso.
No entanto, a tese de investimento médio/longo prazo da empresa está entre as mais atraentes da América Latina, dado o potencial que a empresa pode capturar, já que os preços da eletricidade no Brasil provavelmente encontrarão suporte no curto prazo e devem ser corrigidos para cima no médio/longo prazo.
Além disso, no início de dezembro a companhia publicou um fato relevante listando os itens incluídos nas negociações com o governo em uma tentativa de chegar a um acordo para encerrar o litígio contra a regra do teto de votos de 10% arquivada no Supremo Tribunal Federal.
Um fato muito positivo em nossa opinião pois parece fornecer maisdo que um vislumbre de esperança de que a Eletrobras e o Governo Federal finalmente chegarão a um acordo, retirando o que até então vem sendo uma grande preocupação para a tese de investimento.
Já o pilar do valuation ainda nos parece muito atrativo, com a Eletrobras atualmente descontando uma TIR implícita real de aproximadamente 14%, a partir de nossas premissas.” (Ágora Investimentos)
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