Itaú toma lugar da Vale em ranking de maiores pagadores de dividendos; veja lista
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O Itaú Unibanco (ITUB3;ITUB4) assume a segunda posição na lista das maiores pagadoras de dividendos do mercado financeiro, tomando o lugar da mineradora Vale (VALE3). Segundo ranking da plataforma de antecipação de proventos Meu Dividendo, companhias listadas na B3 distribuíram 13% a mais no total em 2024 do que em 2023. Entre as ações que mais pagaram dividendos em 2024, estão as de Banco do Brasil (BBAS3), Telefônica (VIVT3) e Cemig (CMIG4).
A Petrobras (PETR3;PETR4) lidera a lista pelo segundo ano consecutivo. A estatal passou por polêmicas envolvendo a troca de comando em 2024 e o possível fim da distribuição de dividendos extraordinários, mas pagou R$ 103 bilhões em proventos a acionistas frente aos R$ 99 bi repassados em 2023.
Itaú sobe em ranking de maiores pagadoras de dividendos
O Itaú Unibanco, assim, tomou o lugar da Vale no ranking elaborado pela Meu Dividendo. Isso porque a instituição bancária pagou 124% a mais de dividendos em 2024 do que em 2023. O montante de remuneração a acionistas avançou de R$ 12,4 bilhões para R$ 27,8 bilhões.
À frente, o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, indicou que podem haver distribuições extraordinárias que podem superar R$ 11 bilhões.
A Vale, por outro lado, decepcionou investidores que aguardavam dividendos robustos por mais um ano. No ano passado, o valor total de proventos da mineradora recuou 24% em relação a 2023. Assim, a mineradora caiu no ranking de maiores pagadoras de dividendos.
Mas a queda era esperada, já que a Vale deve alocar reservas de capital de forma mais cautelosa, segundo seu CEO, Gustavo Pimenta.
Outra queda acentuada dentro do ranking de ações que mais pagaram dividendos em 2024 foi a da BB Seguridade. Se na lista elaborada pela Meu Dividendo em 2023, as ações da seguradora do BB pagaram quase R$ 7 bilhões, o cenário inverteu-se em 2024: o montante caiu para R$ 5,3 bilhões, ou o equivalente a 23,9%.
Também avançou na lista de maiores pagadoras de dividendos a holding do Itaú, a Itaúsa (ITSA3;ITSA4).
Os dividendos do banco têm um efeito direto na remuneração a acionistas da controladora, o que explica o motivo de avanço na lista de melhores pagadoras de dividendos do sexto ao quarto lugar.
Em 2024, a Itaúsa pagou R$ 12,5 bilhões a acionistas em forma de dividendos. O valor representa aumento de 89% na distribuição de proventos, já que a holding pagou R$ 6,7 bilhões em 2023.
Petrobras segue maior pagadora de dividendos apesar de crise
Por mais um ano, as ações da Petrobras foram as que mais pagaram dividendos a acionistas brasileiros em valores totais.
A petroleira reforçou proventos apesar de o governo trocar o comando da estatal. Assim, o valor dos dividendos da Petrobras subiram pouco mais de 4% entre 2023 e 2023, saltando de R$ 99 bilhões para R$ 103 bi.
A Petrobras reverteu a percepção do mercado de que haveria alguma mudança na política de distribuição de dividendos, inclusive inibindo repasses extraordinários, o que acabou não ocorrendo segundo Wendell Finotti, CEO da Meu Dividendo.
Mesmo assim, Finotti aponta que a estatal poderia ter repassado até 15% do valor de sua ação em 2024 na forma de dividendos.
“Tudo indicava que haveria alguma mudança na política de distribuição de proventos, o que acabou não acontecendo”, afirma Finotti.
Em 2025, a Petrobras deve continuar como destaque entre maiores pagadoras de dividendos do Ibovespa, avalia o executivo.
“A empresa vem mantendo uma política de preços dos combustíveis que permite auferir lucro na operação e então, dividir parte desse lucro com seus acionistas”, diz, ao acrescentar que o governo, principal acionista da Petrobras, precisa aumentar sua arrecadação.
“A atual gestão apresentou o novo plano de negócios da empresa onde aumentou a meta de dívida bruta da companhia para US$ 75 bilhões e reduziu seu nível mínimo de caixa para US$ 6 bilhões, abrindo espaço para o aumento do pagamento de dividendos.”
As dez empresas que mais pagaram dividendos em 2024
- Petrobras (PETR3;PETR4): R$ 103,2 bilhões
- Itaú Unibanco (ITUB3;ITUB4): R$ 27,8 bilhões
- Vale (VALE3): R$ 21,9 bilhões
- Itaúsa (ITSA3;ITSA4): R$ 12.7 bilhões
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 12,5 bilhões
- Banco Santander (SANB3;SANB4;SANB11): R$ 7,5 bilhões
- Banco Bradesco (BBDC3;BBDC4): R$ 6,0 bilhões
- Telefônica Brasil (VIVT3): R$ 5,4 bilhões
- BB Seguridade (BBSE3): R$ 5,3 bilhões
- Cemig (CMIG3;CMIG4): R$ 4,8 bilhões
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