Renda fixa: no que investir agora?

Segundo especialistas, é possível ganhar com os títulos pós-fixados, prefixados e ligados à inflação

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)

Neste fim de 2021, com inflação e juros em alta, quais são os produtos de renda fixa mais atrativos? Segundo especialistas, quase todos apresentam uma boa oportunidade, com a Selic prestes a subir para 9,25% ao ano.

“Conseguimos ganhar nas três pontas em renda fixa hoje: na pós-fixada, na prefixada e na atrelada à inflação”, diz Maurício Genistretti, sócio da HCI Invest.

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Segundo ele, o o ideal é diversificar logo de cara a renda fixa nas três posições.

Ativos prefixados:

Ativos prefixados —cuja rentabilidade se contrata no momento em que se faz o investimento— de curto prazo estão pagando boas remunerações. Nesta modalidade, Genistretti recomenda CDBs de bancos médios (como Banco BMG e Banco Original) com vencimento em uma dois anos, que podem ser encontrados no mercado com uma remuneração anual entre 12% e 13%.

Outra dica são LCAs e LCIs também de um ano, como os do BTG, que, segundo Genistretti, pagam mais de 10% ao ano. Estes produtos têm a vantagem de ser isentos de IR (Imposto de Renda).

Ativos pós-fixados

Para os pós-fixados —que acompanham as variações de taxas como Selic e IPCA—, a dica são os CDBs com prazo de dois a três anos que pagam entre 116% a 120% do CDI.

Ativos atrelados ao IPCA:

Nesta modalidade, Genistretti recomenda o Tesouro IPCA+ de curto prazo. O título mais curto, com vencimento em 2026 atualmente tem uma rentabilidade anual de IPCA + 4,85%.

Longo prazo

Com as eleições presidenciais em 2022 e pandemia ainda em voga, o cenário é incerto. Nestes casos, compromissos de longo prazo não são recomendados. Fora que, quanto mais longo o ativo, mais agressiva a marcação a mercado, o que o torna mais arriscado.

“Agora a renda fixa está atrativa, estamos vendo algumas distorções na curva de juros. O juro de curto prazo está mais alto que o juro longo, até porque ano q vem devemos ter bastante volatilidade [no mercado] pelas eleições. Mas, no longo prazo, a Selic deve cair e a economia retomar”, afirma Genistretti.

Para quem quer investimentos com um prazo maior, ele recomenda CRIs e CRAs, que geralmente têm um prazo de dez anos, cuja rentabilidade gira em torno de IPCA +5,50% ao ano.

Outra possibilidade são as debêntures incentivadas de empresas sólidas, com retorno de IPCA + 5% ao ano.

Uma vantagem das três opções citadas é a isenção de IR.

“O investidor deve aproveitar o movimento atual dos juros de curto prazo. Passado a eleição, é preciso reavaliar o cenário e a carteira”, diz Genistretti.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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