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Procura por debêntures já é proporcionalmente maior que de CDBs entre investidores, diz B3
Debêntures x CDBs? O CDB ainda é uma classe de investimento imbatível na carteira do investidor brasileiro. Mas, nos último anos, as debêntures, títulos de dívidas emitidos por empresas, ganham espaço no varejo.
Dados da B3, divulgados nesta terça-feira (5), apontam que entre os anos de 2020 e 2023, o estoque de debêntures nas mãos de aplicadores de pessoa física registrou crescimento mediano de 32,43%.
Um aumento proporcional maior do que o do CDB, que cresceu 16% ao ano no mesmo período, também na mediana.
Debêntures x CDBs
O número de CPFs aplicados em debêntures também cresceu em ritmo mais acelerado, apesar da distância entre o volume de compradores de CDBs e debêntures.
No último ano, a alta em investidores de debêntures foi de 28%, passando de 367.571 aplicadores para 470.528.
No mercado de CDBs, a expansão em 2023 foi de 11,73%. O volume saltou de 10,4 milhões de investidores para 11,6 milhões no ano passado.
“Em números absolutos, a distância ainda é grande. Mas temos sentido um movimento de mais pessoas se interessando por títulos de dívida corporativa, que acabam sendo atrativos sobretudo em épocas de juros mais altos como o que temos visto nos últimos dois anos”, afirma Fabio Zenaro, diretor de produtos de balcão da B3.
Algumas debênture têm isenção de Imposto de Renda
O que está por trás desse interesse do investidor, de acordo com a B3, é, além de taxas atrativas, a busca do aplicador por produto isentos de Imposto de Renda. As debêntures incentivadas, emitidas para financiamento de infraestrura, contam com o benefício fiscal.
Segundo a B3, essa procura por crédito corporativo tende a se intensificar com as mudanças de regras que passaram a valer para LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.
No começo de fevereiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou restrições ao que pode servir como lastro para emissões desses ativos.
Além disso, LCI e LCA passam a ter prazos mínimos de resgate maiores.
“As novas regras devem levar a alguma redução na oferta desses papéis a partir desse ano e as debêntures podem aparecer como boas opções para suprir essa demanda”, diz Zenaro.
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