O Brasil, de fato, está longe de ser previsível. Tanto que títulos públicos prefixados estão voltando ao holofote do mercado financeiro. O especialista em investimentos do Itaú Unibanco, Victor Vietti, explicou nesta sexta-feira (25) no nosso Manhã Inteligente que a mudança partiu do Banco Central (BC). O BC já sinalizou que os juros básicos da economia, a Selic, não devem subir mais do que os atuais 11,75% ao ano. “É hora de voltar a olhar para os títulos públicos prefixados, que são aqueles que são travados a taxa num horizonte de investimento. Numa subida de juros, eles não performam tão bem. Mas estão mais atrativos agora, remunerando próximo a 12% ao ano”, disse Vietti.
O especialista ainda fez um comparativo bom para os tempos atuais: a volta dos prefixados é como um “oi, sumido” dos investidores para este ativo. “Mas veja: pense sempre em períodos mais longos, com vencimento para 2029, 2033”, afirma Vietti.
O que explica a valorização das ações da Magazine Luiza?
Ainda sobre o Banco Central, Vietti falou sobre o relatório trimestral de inflação, divulgado pela instituição. “O BC planeja subir os juros até 12,75%, e isso influencia diretamente os varejistas”, disse ele, referindo-se às ações do Magazine Luiza (MGLU3).
“O Magazine Luiza divulgou resultado semana passada, que não veio bom. Ação caiu logo na sequência, mas, com o BC dando indícios de que não deve continuar aumentando os juros, o impacto nas ações dos varejistas é grande. Por isso vimos uma alta dos papéis do Magalu em 10% – até porque eles estavam bastante descontados. Na Itaú Corretora, o preço-alvo para o Magalu é de R$ 12 até o final do ano. Vamos continuar monitorando a ação”, disse Vietti. A ação do Magalu está cotada em torno de R$ 6,60.
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