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Qual é a melhor aplicação financeira para R$ 100 mil?
Você recebeu um dinheiro inesperado e não sabe onde investir? Se você é leitor assíduo da Inteligência Financeira, já sabe que deixar um valor considerável na poupança não é a melhor alternativa. Mas, afinal, qual é a melhor aplicação financeira para R$ 100 mil, por exemplo? Confira o que dizem os especialistas logo abaixo:
O que levar em conta na hora de decidir onde investir R$ 100 mil?
Antes de decidir em que produtos aplicar um valor da ordem de R$ 100 mil, é preciso definir os seus objetivos com esse dinheiro. De acordo com Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico, “o investidor precisa ter clareza sobre para que ele precisa desse dinheiro; se tem algum compromisso de curto prazo; se ele pode investir por mais tempo; se ele vai querer investir para aposentadoria”.
“Uma boa ideia é dividir esse valor de acordo com os seus objetivos. Depois, é preciso levar em conta se você já é investidor e se conhece o seu perfil de risco. Então, tendo os objetivos e o perfil definidos, é possível pensar-se em uma carteira de investimento”, afirma Carvalho.
Fábio Cabral, planejador financeiro CFO pela Planejar, destaca que hoje em dia está muito mais fácil cuidar do dinheiro por conta “das grandes evoluções que o mercado financeiro teve nos últimos 20 anos, com a popularização das opções de investimento”.
O especialista pontua que o brasileiro comum, que estava habituado a aplicar somente em poupança e CDB de instituições financeiras, passou a ter acesso a produtos que antes só estavam ao alcance dos grandes investidores. Nesse sentido, debêntures, ações, fundos de investimento e demais produtos que geram um risco/retorno mais interessante estão disponíveis para uma grande parcela da população.
“Isso tudo foi possível devido aos valores mínimos para alocação, além das plataformas de acesso para esses investimentos. Existem várias opções de fundos de investimento no mercado a partir de R$ 100”, diz Cabral.
O que evitar na hora de investir?
Antes de começar a investir, é preciso buscar informações sobre os diferentes produtos disponíveis no mercado. Em resumo, você precisa estar bem assessorado ou então estudar muito antes de definir a alocação do seu portfólio.
“Acho que o erro mais comum é não ter essa preparação. Sem ela fica tudo mais difícil. Outro erro muito comum é acreditar que há um produto da vez, que existe uma solução única para a carteira de investimentos. Ou pior, você pode cair numa oferta de um produto que às vezes nem investimento é, como uma aposta”, enfatiza Jayme Carvalho.
Afinal, qual é a melhor aplicação financeira para R$ 100 mil?
No mundo dos investimentos, montar um portfólio com os melhores produtos depende de diversos fatores. Por exemplo, é preciso definir o seu perfil de risco e o tempo de investimento para determinado valor. Mas uma unanimidade entre os especialistas é a necessidade de se montar uma reserva de emergência para eventualidades. Saiba mais aqui.
Com isso em mente, confira qual a melhor aplicação financeira para R$ 100 mil, de acordo com as recomendações dos especialistas.
O que diz Fábio Cabral, planejador financeiro CFO pela Planejar
“Pensando em um valor hipotético de R$ 100 mil, a dinâmica do mercado, partindo de uma visão de consultoria de investimentos, recomenda diversificar os ativos a serem alocados.
Essa diversificação é benéfica para diminuir os principais riscos associados ao se fazer um investimento financeiro. São eles risco de mercado, risco de liquidez e risco de crédito.
Considerando o risco de mercado, é necessário definir o percentual para a renda fixa (parte conservadora da carteira). Opções como fundos de investimento em crédito privado com resgate em até 30 dias e prioritariamente alocados em ativos de rating A+ são uma ótima opção.
Renda variável
Outra parte da carteira pode ser direcionada para ativos de renda variável. Uma ideia de exposição pode ser utilizando a regra dos 80, ou seja, a sua idade subtraída de 80 gera o percentual máximo indicado para alocação em renda variável. A ideia aqui é respeitar o fato de que, quanto maior a idade do investidor, pior é seu tempo de recuperação caso haja uma perda grande no curto prazo do investimento.
Sobre o risco de liquidez, é algo estritamente pessoal. Caso o investidor já tenha uma reserva de emergência (algo como seis meses das despesas mensais), essa carteira de R$ 100 mil pode ter carências de resgate acima de 1 dia. Inclusive, fazer alocação de títulos públicos atrelados à inflação (que hoje pagam algo próximo de IPCA + 6% ao ano) se torna uma ótima opção para incluir nesse portfólio.
Por fim, o risco de crédito pode ser minimizado pulverizando ao máximo os emissores. Quando se fala dos títulos de crédito privado ou mercado acionário, a diversificação entre as empresas trará essa diminuição da exposição do risco. Aqui vale lembrar a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante proteção até R$ 250 mil por instituição e CPF em títulos de crédito privado como CDB, LCI ou LCA.”
O que diz Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico
“Uma carteira hipotética, no cenário econômico atual, já supondo que o cliente tenha a sua reserva de emergência, seria um portólio que se aproveitaria das letras de renda fixa isentas, pensando num prazo de dois a cinco anos. Estamos falando de uma LCI ou LCA que pague acima de 92% do CDI. Seria pelo menos 30% desse investimento.
Nós alocaríamos uma parcela, tendo em vista um investimento de mais de 10 anos, em previdência. Seria uma locação de pelo menos 25% em previdência multimercado e 25% em inflação.
O restante alocaria em um fundo de ações do tipo long biased, que faz uma seleção de produtos locais e internacionais. Ou em um fundo de bolsas, que investiria em ações no Brasil e no exterior.”
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