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Como investir nos EUA pela bolsa brasileira?
Você deseja investir nos EUA, mas ainda não se sente preparado para abrir uma conta global? Pois saiba que é possível alocar recursos em produtos do exterior por meio da bolsa brasileira. Isso mesmo, sem sair da B3, você consegue investir, por exemplo, nas big techs Google, Amazon e Apple, entre outras. A seguir, a gente te mostra os caminhos.
Quanto é preciso para investir nos EUA?
Primeiramente, para investir nos EUA via bolsa brasileira, você precisa contar com uma conta aberta em uma corretora de valores credenciada junto à B3.
Não existe um mínimo para alocar recursos em empresas listadas no exterior. Entretanto, de acordo com a B3, o ideal é começar aos poucos. Isso porque se trata de uma aplicação em renda variável.
Vale lembrar que, em geral, quem se interessa por ativos internacionais costuma ter um perfil mais arrojado. Ou seja, estamos falando de quem está disposto a correr mais riscos em busca de maior rentabilidade.
Além disso, caso você queira investir nos EUA, obtendo bons lucros, recomenda-se que você estude a volatilidade da cotação das companhias estrangeiras, além de considerar o risco cambial. Isso é importante mesmo que as negociações sejam feitas por meio da bolsa brasileira e utilizando a moeda nacional.
Segundo a B3, no caso de um ativo cotado em dólar, por exemplo, se o real se desvalorizar, será necessária uma quantidade maior da moeda brasileira para adquiri-lo no preço internacional. Em um cenário oposto, ou seja, de uma alta do real, você também poderia ter prejuízos caso decida vender o título estrangeiro. Isso porque receberia menos reais do que o previsto sem a variação do câmbio.
Quais são as principais opções para investir nos EUA via B3?
Existem duas formas principais para investir em empresas internacionais a partir da B3: por meio de ETFs e BDRs.
ETFs de índices internacionais
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de índices de mercado cujas cotas são negociadas em bolsa. Eles podem replicar a carteira de diferentes indicadores da bolsa de valores, sendo um bom termômetro do desempenho desses mercados no Brasil e no mundo afora.
Quem deseja aproveitar as oportunidades no pregão norte-americano, por exemplo, pode comprar um ETF do índice S&P 500 por meio de uma corretora. O S&P 500 é um índice composto por quinhentos ativos cotados nas duas principais bolsas dos EUA, a NYSE e a NASDAQ.
No Brasil, três ETFs que acompanham o S&P 500 se destacam: IVVB11, SPXI11 e BIVB39.
Desse modo, os investidores de ETF do S&P acompanham, sem sair do ambiente de negociação da B3, a performance das maiores empresas internacionais.
Além da vantagem de acessar o mercado externo, esse ETF permite um portfólio bastante diversificado e com liquidez garantida. Afinal, o volume de negociações na bolsa brasileira costuma acompanhar a oferta e a demanda do índice original.
Volta ao mundo em um ETF
Outro exemplo de índice, com menos liquidez, mas que abrange ações de empresas de países asiáticos, é o MSCI ACWI, cujo ETF você também compra e vende pela B3, por meio do código ACWI11.
Trata-se do principal índice de ações globais da MSCI, grupo privado que constrói índices de mercados específicos para investidores que querem acompanhar as performances de determinadas regiões, setores e outras combinações menos populares.
O seu objetivo é acompanhar o desempenho de 23 mercados de países desenvolvidos, entre eles o Japão, e 27 mercados emergentes. Cobrindo mais de 3 mil companhias em 11 setores, é, portanto, o índice mais abrangente da MSCI em escala global.
Sustentabilidade
Já para quem deseja conciliar sustentabilidade com ativos no exterior, há a opção do ETF ESGE11. Este fundo de índice segue o MSCI Emerging Markets Extented ESG Focus Index (ESG-E) e conta com mais de 300 ativos e exposição a países emergentes, como Argentina, Brasil, Chile, China, África do Sul e Emirados Árabes, entre outros.
O índice foi projetado para maximizar a exposição a fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) positivos. Nesse sentido, seleciona companhias por meio de um processo de otimização que visa maximizar a exposição aos fatores ESG.
O índice é diversificado em setores e tem como alvo empresas com classificação ESG elevada em cada setor. Assim, tabaco, armas não convencionais, armas de fogo civis, carvão térmico e areias betuminosas não são setores elegíveis para esse índice.
E vale lembrar que o primeiro ETF brasileiro completa 20 anos em 2024.
BDRs
Outro atalho para quem quer acessar os mercados internacionais por meio da B3 são os BDRs. Os Brazilian Depositary Receipts são certificados de compra de valores mobiliários que, embora sejam emitidos no Brasil, representam ativos negociados em mercados externos. Nesse senido, os BDRs são uma alternativa de diversificação de investimentos nos EUA.
Desde 2020, a Comissão de Valores Mobiliários permite a negociação desse papel por pessoas físicas comuns. Anteriormente, somente investidores qualificados, isto é, os que mantinham um capital mínimo de R$ 1 milhão para realizar investimentos, tinham essa oportunidade.
Com a liberação, os recibos de companhias listadas no exterior caíram no gosto dos pequenos investidores. Hoje, a lista de BDRs já passa de 900 ativos disponíveis.
Se o seu objetivo é investir em uma única empresa, então, saiba que as corretoras brasileiras estão aptas a oferecer BDRs de companhias como Apple, Amazon, Netflix ou Chubb, a nova queridinha de Warren Buffett.
BDR de ETF
Por fim, existe ainda a possibilidade de comprar os chamados BDRs de ETF. Dessa forma, você investe indiretamente nas ações que compõem o índice do ETF internacional almejado.
O funcionamento de um BDR de ETF é bastante similar ao de um BDR de ação. Por meio da sua corretora, você adquire um certificado de compra de um ETF que é negociado lá fora e não está disponível na B3.
Em resumo, na falta de um fundo de índice que lhe agrade no portfólio de produtos da bolsa brasileira, é possível comprar esse ativo por meio de um certificado que garante que você tem a posse de uma parcela ou todo o indicador.
Qual é a diferença entre BDR de ação e BDR de ETF?
Quando alguém compra um BDR de uma ação, ela fica exposta somente a esse papel específico. No caso de um BDR de ETF, o investimento estará atrelado ao comportamento de todas as ações que compõem aquele índice de mercado.
O processo para negociar BDRs de ETFs na B3 é similar ao processo de investir em qualquer outro ativo: basta digitar o código e autorizar a operação.
Mas por que eu optaria por um ETF de BDR? Imagine que você queira alocar parte do seu portfólio no Japão, por exemplo. Para atingir esse objetivo sem sair da B3, você pode comprar o iShares MSCI Japan (código BEWJ39).
Esse fundo é atrelado à variação do índice MSCI Japan, que foi projetado para medir o desempenho das ações de empresas de grande e média capitalização do mercado japonês. Ele conta com ações de empresas como Toyota, Sony, Mitsubishi e Nintendo.
Mas, afinal, investir em ETF ou BDR? Qual é a melhor opção para diversificar seus investimentos? Saiba mais aqui.
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