Quer montar uma carteira diversificada e rentável? Conheça 4 bons investimentos

De dividendos a royalties musicais, especialistas apontam as opções do mercado para acumular renda passiva

Parar de trabalhar e deixar o dinheiro trabalhar por você. Este é o sonho de todo investidor. No entanto, sabemos que para a maioria de nós – mortais – esse é um objetivo de longo, longuíssimo prazo, e exige uma carteira de investimentos diversificada.

Mesmo assim, para alcançar esta meta, é necessário um bom planejamento e disciplina para poupar mensalmente por um bom tempo. Além, claro, de escolher os ativos certos na hora de buscar a renda passiva futura.

Então, sem muita enrolação, nós, da Inteligência Financeira, selecionamos quatro alternativas listadas por especialistas para montar uma carteira de investimentos diversificada e rentável. Veja só!

Empresas pagadoras de dividendos

Uma ótima opção para alcançar uma carteira de investimentos diversificada e rentável está nas ações de empresas que pagam dividendos. Afinal de contas, focar na renda passiva de longo prazo é uma forma mais segura, tranquila e eficiente de investir na renda variável.

E quem segue essa metodologia, entende que as ações são como “blocos” construtores. Ou seja, quanto mais blocos forem comprados, melhor. E quanto menor o preço do bloco, melhor ainda.

“Aqueles momentos em que os preços caem, mas os resultados das empresas permanecem os mesmos, são grandes oportunidades, deixam de assustar e, em alguns casos, são até bem-vindos. Olhar para o crescimento anual dos dividendos é uma opção interessante como objetivo de longo prazo, pois bons fundamentos não mudam da noite para o dia”, afirma Vicente Guimarães, CEO da VG Research.

Royalties Musicais

Esta é outra ótima forma de aprimorar a diversificação de sua carteira de investimentos, além de receber proventos periódicos e reduzir sua exposição ao vai e vem do mercado de ações.

E se você não sabia, dá sim para alocar parte do capital em royalties musicais. Com rendimento atrativo, que pode chegar a mais de 20% ao ano, contra uma inflação anual (IPCA) acumulada em 12 meses de 4,18%, este tipo de operação tem atraído investidores, não apenas pelo bom retorno, mas também porque são ativos descorrelacionados do cenário macroeconômico. Portanto, menos voláteis.

“Existem operações que estão ligadas a cantores mais consagrados, como o Toquinho, por exemplo, que já possui um fluxo de caixa mais estável e recorrente, mas também é possível diversificar em diferentes tipos de artistas e correntes musicais, obtendo ganhos diferentes”, afirmou Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, plataforma pioneira no Brasil na distribuição de ativos alternativos.

FIIs

Queridinhos de quem busca dividendos, os fundos imobiliários atraem investidores que aplicam no setor imobiliário (shoppings, hospitais, hotéis e prédios comerciais). Cada cotista se torna “dono” de parte do imóvel e adquire o direito de receber os rendimentos.

“Olhando para a carteira do investidor como um todo é sempre importante diversificar, mesclando entre fundos de papel e tijolos. No primeiro, ganha-se com a inflação e a taxa prefixada, e no segundo, o investidor ganha com aluguéis e com a valorização do ‘tijolo’ em si”, recomenda Guilherme Gentile, head de análise da Dividendos.me.

Os fundos de papel investem o patrimônio dos cotistas em instrumentos financeiros com lastro no setor imobiliário, tais como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Hipotecárias (LH).

Já os fundos de tijolo aplicam os recursos na construção ou na exploração comercial de imóveis físicos. Ambos são isentos de IR para pessoas físicas.

Fiagros

A lista não poderia deixar de mencionar os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros).

Este tipo de investimento nada mais é do que uma junção dos recursos de vários investidores para a aplicação em ativos de investimentos do agronegócio, sejam eles de natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas a produção do setor.

Cabe ao administrador do fundo realizar a captação de recursos com os investidores por meio da venda de cotas. “A classe de ativos é fundamental para garantir a diversificação do portfólio e vem acompanhada do benefício da isenção fiscal para pessoas físicas”, lembra André Ito, sócio e gestor da MAV Capital.

Os fiagros têm registrado forte adesão dos investidores desde seu lançamento no mercado no final de 2021 e oferecem a oportunidade de diversificar a carteira aplicando em um dos setores mais resilientes da economia brasileira.

Não há obrigação dos fundos em pagarem dividendos recorrentes, mas é claro que há todo o interesse dos gestores em fazê-lo.

De olho na carteira de investimentos

E aí, viu só quanta opção boa para deixar a sua carteira de investimento diversificada, e o melhor, mais rentável? Agora é estudar um pouco mais sobre cada um destes ativos financeiros e decidir quais deles têm mais a ver com seu perfil de investidor.