Qual é o melhor investimento para você fazer retiradas mensais?

Tudo começa por saber seu perfil de tolerância ao risco; veja o que dizem os especialistas

Encontrar o melhor investimento para retiradas mensais é o desejo de muitos investidores. O primeiro passo, de acordo com Diego Hernandez, economista e CEO da Ativo Investimentos, é saber o seu perfil de risco e o quanto consegue se expor na renda variável sem grandes sustos. 

“A macro alocação é o primeiro ponto para calibrar. Se é um investidor conservador, deve colocar no máximo 15% em renda variável. O moderado vai até 30% em renda variável e o arrojado, na minha visão, compromete até 50% da carteira em ativos mais arriscados”, ressalta Diego.

Na visão do educador financeiro Cadu Guerra, o mercado está cada vez mais acessível e com mais opções de ativos para esse tipo de estratégia. “Antes, para ter investimentos que pagassem de forma mensal e com uma rentabilidade boa, tinham poucas opções. Os principais eram fundos imobiliários. Agora existem outras opções para retiradas que pagam juros mensais e rentabilidades boas”, explica. 

Qual o melhor investimento para retiradas mensais?

Diego explica que dá para montar uma estratégia que não pese tanto em ações e fundos imobiliários, os ativos mais pensados quando falamos em retiradas mensais.

“Embora os FIIs tenham um risco menor que as ações, existe volatilidade. A melhor estratégia é manter um risco bem calibrado e que essas retiradas mensais sejam de um CDB com liquidez diária.” 

Dessa forma, a ideia é que, à medida em que outros investimentos amadureçam, eles possam abastecer esse CDB com liquidez diária.

“Assim, é possível ter o ativo em renda variável com um ganho possivelmente maior do que você teria com a renda fixa, e no momento oportuno você traz esse retorno para a sua conta. Acho que essa é uma das melhores formas de ter uma retirada mensal”, ressalta Diego.

Montando uma carteira de ações

Outra estratégia para quem busca uma carteira focada em renda mensal envolve as ações que pagam dividendos. “Uma coisa importante é ver quando essas empresas geralmente pagam seus dividendos. E aí montar uma carteira com base nessas datas. Assim, você consegue ter um recebimento mensal e não ter que esperar prazos maiores para receber essa distribuição”, ressalta Cadu. 

De acordo com o especialista, independentemente dos ativos virem de uma empresa privada ou de títulos do governo, todo investimento tem seu risco.

“É importante analisar o risco de cada investimento para conseguir avaliar como ele se encaixa na sua carteira”. Neste sentido, segundo Cadu, a diversificação permite balancear a carteira para equilibrar os riscos.