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Bitcoin (BTC) toma impulso para seguir com alta em 2024
O bitcoin (BTC) encerrou o primeiro semestre de 2024 com uma valorização de 63,26% no acumulado dos últimos seis meses. Com isso, a criptomoeda se posicionou como o de melhor rendimento dentre as diversas aplicações no mercado financeiro brasileiro.
Agora, tudo aponta para um corte de juros pelo Fed (o banco central dos Estados Unidos) ainda este mês. Isso, somado às métricas da rede do bitcoin, que seguem fortes, e a adoção institucional do BTC nos EUA dão à criptomoeda sustentação para crescer em valor.
Mesmo assim, existem céticos. Estes insistem em desconsiderar a possibilidade de um próximo movimento de alta forte nos próximos meses, semelhante ao que aconteceu em 2017.
Isso é, na minha visão, um erro.
Bitcoin e a ‘forte acumulação’
O bitcoin iniciou o ano balançado pelo lançamento dos fundos negociados em bolsa, os ETFs, nos Estados Unidos em janeiro. O mercado chama esse evento de “vender a notícia”. Isto é, vender um ativo comprado em antecipação a um evento e realizar lucros quando esse evento se cumpre.
Porém, o preço do BTC disparou pouco tempo depois, até atingir sua mais recente máxima histórica. Isso aconteceu no dia 14 de março, quando o BTC bateu na casa dos US$ 73.700. Então, de acordo com a casa de análise Glassnode, 945 mil BTC foram vendidos entre janeiro e abril deste ano. Isso enquanto o bitcoin realizava esse movimento de alta.
Desde então, os investidores de longo prazo começaram um movimento que a agência de dados Glassnode classificou como “forte acumulação”. Como efeito, houve a compra de 374 mil BTC entre abril e o início de agosto.
O montante de bitcoin mantido por investidores de longo prazo é uma métrica importante no mercado cripto. Estes players tendem a não despejar seus saldos ao menor sinal de problemas. Geralmente, eles são chamados de “mãos de diamante”.
Esses investidores “mãos de diamante” continuaram acumulando bitcoin mesmo após o governo alemão despejar quase 50 mil BTC no mercado. Além disso, o movimento de acumulação persistiu mesmo após o breve colapso do mercado financeiro visto no início de agosto, quando o Banco do Japão resolveu aumentar subitamente suas taxas de juros.
Ou seja: esses investidores aguardam que algo grande aconteça no mercado nos próximos meses.
Interesse institucional
Outro ponto importante é o interesse institucional no bitcoin independente do seu preço. Em 2024, 13 dos 25 maiores fundos de hedge dos Estados Unidos acrescentaram exposição ao BTC através de ETFs, apontam dados da empresa de investimentos River.
Além disso, a lista das instituições que se renderam ao bitcoin não se resume apenas às instituições privadas. Dois estados acrescentaram BTC em seus portfólios através de ETFs nos Estados Unidos.
O Conselho de Investimentos do Estado de Wisconsin não apenas investiu em bitcoin através do ETF da BlackRock no primeiro trimestre de 2024, como aumentou a exposição no segundo trimestre. O valor é equivalente a quase US$ 100 milhões.
O Sistema da Previdência do Estado de Michigan é o segundo estado que resolveu dar uma chance ao bitcoin, com US$ 6,6 milhões investidos no ativo através do ETF gerido pela ARK 21Shares.
Vale ressaltar que o prefeito de Jersey City, Steven Fulop, também declarou que pretende ver BTC integrando o portfólio do fundo de pensão da cidade estadunidense.
Cenário macroeconômico favorável
Além das condições ligadas ao mercado cripto, o cenário macroeconômico que se desenha também parece promissor. O banco central dos EUA, o Fed, se prepara para realizar um corte em sua taxa de juros que pode ir até 0,5%. A próxima reunião de juros do Fed acontece nos dias 17 e 18 de setembro.
Ainda que o corte seja de apenas 0,25%, como inicialmente planejado, o movimento tende a ser muito benéfico para o bitcoin. Embora uma onda inicial de volatilidade seja esperada pelo mercado, resultando até mesmo em queda no preço do BTC no curto prazo, a tendência é que investidores se tornem mais otimistas em relação aos ativos de risco.
Esse movimento importante do Fed, aliado ao apetite que investidores institucionais e os “mãos de diamante” têm demonstrado nos últimos meses, sugerem que um forte movimento de alta tende a ocorrer no último trimestre deste ano.
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