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Terceira via é gatilho para bolsa, dizem gestores
A chegada de um candidato da terceira via ao segundo turno das eleições presidenciais seria o principal gatilho para a apreciação do mercado acionário neste ano, segundo 47% dos entrevistados em um levantamento feito pelo Safra com 76 gestores. O fator político ganha até mesmo de uma melhora no cenário para a inflação: uma desaceleração dos índices de preços é a questão mais importante para 38%.
Apesar da percepção de que uma terceira via seria positiva para a bolsa, a maioria não acredita que essa hipótese se concretizará. Uma parcela de 59% dos gestores consultados prevê uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, enquanto 25,35% acreditam que o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) vencerá a disputa. Apenas 15% esperam que Jair Bolsonaro consiga a reeleição.
Com a disputa no radar, a estimativa média dos profissionais para o Ibovespa no fim de 2022 é de 122 mil pontos, o que representaria uma alta de cerca de 18% do índice em relação aos níveis atuais. O levantamento foi realizado entre os dias 16 de dezembro e 4 de janeiro.
Para 10,96% dos entrevistados, o principal índice da bolsa brasileira encerrará dezembro abaixo de 110 mil pontos. Outros 34,25% veem o índice entre 110 e 120 mil pontos, enquanto 38,36% esperam o Ibovespa entre 120 e 130 mil pontos. Uma fatia de 12,33% vê o índice entre 130 e 140 mil pontos e apenas 4,11% projetam um patamar acima disso.
Na visão dos gestores, a expectativa é que o melhor desempenho setorial da bolsa ocorra no segmento de commodities, que concentrou 42% das preferências dos entrevistados. Na sequência, aparecem serviços financeiros, citados por 20%.
Dentro do segmento de commodities, a preferência é pelo setor de óleo e gás, com 30% das respostas, seguido do setor de papel & celulose, que apareceu como o preferido por 24,5%.
A enquete também mostrou que a maioria dos gestores pretende manter os patamares atuais de risco das carteiras ao longo de 2022 e também não pretendem alterar os níveis de caixa dos fundos. Os entrevistados veem, em média, o dólar terminando o ano em R$ 5,52 e a taxa Selic em 11,25%. Eles também projetam alta de 0,1% para o PIB.
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