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A XP revisou a projeção da Selic terminal para 13,25%, após o Copom elevar a taxa básica de juros. A expectativa é de mais quatro aumentos de 0,50 p.p. O Itaú aguarda o plano de corte de gastos do governo, que pode influenciar a Selic. O cenário fiscal afeta preços de ativos e expectativas de mercado.
A XP piorou a projeção da Selic terminal de 12% para 13,25%. A revisão vem após o Copom aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, de 10,75% para 11,25%.
Entre os fatores apontados pela casa está o cenário mais desafiador para a inflação.
Em outras palavras, o comitê vai precisar acelerar o aperto monetária para a inflação convergir à meta de 3%.
“Esperamos quatro aumentos adicionais de 0,50 p.p. nas próximas reuniões de política monetária. Isto posto, o comitê pode optar por um ritmo mais acelerado para atingir o nível terminal mais cedo”, afirma a XP.
“Em nossa avaliação, o maior aperto da política monetária nos próximos meses pode abrir espaço para algum alívio no final de 2025 – esperamos dois cortes de 0,50 p.p. na taxa Selic em novembro e dezembro”, acrescenta a casa.
Corte de gastos de Haddad
Já para o Itaú, a Selic terminal depende das medidas fiscais do governo. Sobretudo o plano de corte de gastos que será anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“O comunicado não sinalizou um ritmo específico para as próximas decisões. Mas deixou clara a relevância de medidas fiscais estruturais, ainda a serem apresentadas”, anota o Itaú.
“Estas, segundo as autoridades, podem reduzir os prêmios de risco, ajudando assim a conter a pressão cambial. Por enquanto, mantemos nossa visão de um ritmo de 50 pontos base à frente, aguardando também por mais clareza na frente fiscal”, projeta o banco.