Itaú: Copom deve manter ritmo de cortes da Selic por liberdade para ajustar rota

Para o banco, sinalização com condicionalidades tem como motivo um ambiente de incerteza acima do usual

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anuncia nesta quarta-feira (31) um novo corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, de 11,75% para 11,25% ao ano.

No comunicado, as autoridades devem antever reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões.

Isso é o que espera o Itaú, em relatório assinado por Mario Mesquita, economista-chefe do banco e colunista da Inteligência Financeira.

“A manutenção desta prescrição futura pode evitar o aumento de volatilidade com relação às expectativas para as próximas decisões, especialmente em um ambiente de incerteza acima do usual”, escreve Mesquita.

“Acreditamos também que a Selic esteja ainda distante de seu nível terminal, permitindo que o comitê altere ou abandone tal prescrição mais adiante”, acrescenta.

Dentro disso, é importante destacar que o Itaú projeta uma taxa final de 9%, a ser alcançada em setembro.

“A sinalização deve continuar embutindo condicionalidades, para que o comitê mantenha certo grau de liberdade neste ambiente incerto”, reforça o economista-chefe.

Ainda no relatório, Mario Mesquita aponta que o balanço de riscos do Copom para a inflação deve continuar sendo descrito como simétrico.

“Com o comitê destacando que a conjuntura, em particular devido ao cenário internacional, segue incerta e exige cautela na condução da política monetária”, comenta.

Finalmente, com relação às projeções de inflação do Copom, o economista-chefe do Itaú não espera alterações.

Ou seja, as estimativas ficarão em 3,5% para 2024 e em 3,2% para 2025.

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