Copom: corte de 0,25 ponto na Selic é barbada entre ‘apostadores’ da bolsa

Quem aposta na opção, leva para casa R$ 1.850

No mercado, ainda pairam dúvidas a respeito da decisão do Copom, que nesta quarta-feira (8) vai definir a taxa de juros Selic para os próximos 45 dias. Já entre os apostadores, quer dizer, entre os investidores, o corte de 0,25 ponto porcentual do Banco Central (BC) é tido como barbada.

Neste momento, na B3, um contrato de opções que diz que a taxa de juros cairá 0,25 ponto porcentual (p.p.) pode ser adquirido a R$ 8.150. Se essa for mesmo a decisão dos diretores do BC, eles levarão o contrato para a casa de R$ 10 mil na quinta-feira, 9. Ou seja, colocarão no bolso R$ 1.850.

Já a segunda opção em jogo, um corte mais agressivo de 0,50 p.p., sai por R$ 1.545. Assim, se o BC “surpreender” o mercado, os corajosos que aplicaram nesse corte mais forte embolsarão R$ 8.455 por contrato adquirido.

Como é o contrato de opções de Copom?

Lançado em 2020, o contrato de opções de Copom da B3 é hoje em dia comprado principalmente por investidores institucionais, que sabem operar o mercado financeiro em nível profissional. Também é um produto com certa adesão entre traders, e daí entra toda a turma dos home brokers.

A cotação do contrato, quer dizer, o prêmio negociado, é expressa em pontos. Eles variam de 0 a 100, com valor de R$ 100 para cada ponto.

Já os preços de exercício representam uma variação possível da Selic na próxima reunião.

A remuneração dessas opções ocorre em formato chamado de Cash or Nothing – Tudo ou Nada em português.

Cada contrato tem 100 pontos, ou seja, entrega R$ 10.000. Assim, neste momento, 81,50% dos investidores acreditam em uma queda de 0,25%. Logo, um contrato custa R$ 8.150.

Próximas decisões da Selic

Neste momento, além das apostas para a reunião de maio, o investidor consegue aplicar nas duas reuniões seguintes: de junho e julho.

Em junho, 66% dos investidores acreditam em um corte de 0,25%, contra 29% que apostam na manutenção da taxa básica de juros Selic.

Em julho, a situação se inverte. Enquanto 52,50% dos investidores apostam na manutenção da taxa, 38,50% aplicaram na queda de 0,25%.