Risco Brasil dispara e sobe a 272 pontos, maior nível desde junho de 2020
A piora nas condições financeiras globais, diante da disparada dos rendimentos dos Treasuries e da percepção de que os juros americanos terão de subir bem mais diante das pressões inflacionárias expressivas, fez o risco Brasil medido pelo spread dos contratos de cinco anos do Credit Default Swap (CDS) saltar ao maior nível desde junho de 2020. De acordo com a IHS Markit, o risco Brasil, há pouco, subia de 257 pontos na sexta-feira para 272 pontos hoje.
Outros mercados emergentes também registram piora nas métricas de risco país. Enquanto o CDS de cinco anos do México avançava de 151 para 161 pontos; o da Colômbia subia de 254 para 263; o da África do Sul tinha alta de 269 para 290 pontos; e o da Turquia passava de 825 para 854.
O susto dos mercados com os resultados bem acima do esperado da inflação ao consumidor de maio nos Estados Unidos gerou uma forte reprecificação no mercado de Treasuries, os títulos do Tesouro americano, o que culminou em uma forte aversão a risco nos mercados globais. Há pouco, o retorno da T-note de dois anos saltava a 3,208%, enquanto o rendimento da T-note de dez anos subia para 3,338%.
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