Primeiro trimestre amargo leva Ibovespa a desvalorizar 4,5% no período

Relatório indica que expectativas em torno das taxas de juros no Brasil e EUA pesam contra bolsa

Relatório emitido pelo Itaú BBA nesta quinta-feira (28) não deixa dúvidas já no título do comunicado: “Um primeiro trimestre amargo para o Ibovespa“. O documento assinado por Victor Natal e Rebecca Nossig mostra que “março foi um mês de desânimo para a bolsa brasileira”.

A queda foi de 0,7% no período.

Dessa maneira, no trimestre a redução chegou a 4,5%.

“Enquanto as atenções dos investidores permanecem focadas nas informações financeiras e operacionais das companhias, inflação e juros voltam a ter mais peso, tanto no Brasil quanto nos EUA”.

Então, a seguir o relatório tenta explicar o que houve com a bolsa de valores sob a perspectiva macroeconômica.

E afirma que “ajustes nas expectativas de taxas de juros para o final de 2024 no Brasil e no momento de início de corte nos EUA estão entre os principais fatores para uma performance ruim do Ibovespa”.

Assim, vale lembrar que recentemente o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez a taxa de juros no Brasil – de 11,25% para 10,75% ao ano.

É o menor nível da Selic desde fevereiro de 2022.

Ibovespa e taxa de juros

Dessa maneira, também recentemente, o Fed (banco central norte-americano) manteve a taxa de juros básica dos Estados Unidos no intervalo entre 5,25% a 5,50%.

O relatório traz também a informação de que no ambiente doméstico “números mais fortes para o IPCA-15 de março deram ainda mais força para expectativas menos benignas para os cortes de juros à frente”.

O desempenho da bolsa de valores neste início de ano, aliás, suscitou a reportagem da Inteligência Financeira a questionar se as previsões do fim do ano passado estavam certas. A bolsa de valores têm fôlego para atingir 150 mil pontos em 2024? Confira a resposta para esta pergunta.