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Planalto resiste a impor restrições sanitárias por nova variante do coronavírus
A ômicron, como foi batizada, foi identificada antes na África do Sul e preocupa cientistas por sua alta capacidade de mutação
O governo federal não pensa em impor novas medidas restritivas por conta da variante nova do coronavírus, segundo fontes do Palácio do Planalto. A ômicron, como foi batizada, foi identificada antes na África do Sul e preocupa cientistas por sua alta capacidade de mutação.
Hoje, a União Europeia decidiu suspender temporariamente voos com a África do Sul, Botsuana, Suazilândia, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue para tentar evitar a chegada da nova variante.
Porém, segundo fontes palacianas, não há até o momento disposição para cumprir a recomendação Anvisa. A possibilidade maior, no momento, é que seja seguida a vontade do presidente Jair Bolsonaro. Segundo autoridades, há casos confirmados também na Bélgica, Israel e Hong Kong.
Hoje, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro se manifestou contra esse tipo de medida, ao ser questionado por um visitante. “Que loucura é essa? Fechou aeroporto e o vírus não entra?”, questionou.
Também hoje, após solenidade na Vila Militar, no Rio, Bolsonaro disse estar discutindo impor restrições a voos vindos da Argentina – país não citado até o momento entre os que já tem casos confirmados da nova variante.
“Conversei com o almirante Barra [Torres], que é [presidente] da Anvisa, com o Ciro [Nogueira], que é chefe da Casa Civil, discutimos Argentina. Quem vem da Argentina de carro para cá, sem problema. Quem vier de avião tem que ficar quatro dias de quarentena. Vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou”, afirmou.
Ontem, o ministro da Justiça, Anderson Torres, emulou Bolsonaro, quando questionado por jornalistas se era favorável à exigência de comprovante de vacinação para aqueles que querem entrar no país — também recomendada pela Anvisa.
“Eu acho que não [se deve exigir o passaporte da vacina nas fronteiras]. A vacina não impede a transmissão da doença”, respondeu.
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