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Lula não tem lesão no cérebro, diz equipe médica
Chefe da equipe médica que operou Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Kalil Filho, disse nesta terça-feira que o presidente não tem lesão cerebral. A cirurgia a que Lula foi submetido foi para a drenagem de um hematoma de três centímetros entre o crânio e o cérebro, um quadro que ele descreveu como menos grave do que o de uma lesão no cérebro.
“O hematoma estava entre o osso e o cérebro. Não está no cérebro. O hematoma comprime o cérebro, mas não tem lesão no cérebro”, afirmou Khalil em entrevista coletiva. “O importante é que ele não tem lesão no cérebro. O hematoma foi drenado.”
Khalil completou dizendo que “o presidente está estável, conversando normalmente, se alimentando e deverá ficar em observação nos próximos dias”. A previsão é que ele fique mais 48 horas na UTI.
O que houve com Lula?
Lula foi transferido de Brasília a São Paulo e internado às pressas no fim da noite desta segunda-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde foi submetido a um procedimento cirúrgico para drenagem de um hematoma. Ele começou a sentir dores de cabeça ainda na tarde de segunda.
Khalil contou que Lula “não teve sequela alguma nem alteração de movimento”. E que estava consciente quando foi buscá-lo no aeroporto.
Médica pessoal do presidente, Ana Helena Germoglio disse que durante todo o percurso entre Brasília e São Paulo, “o presidente esteve lúcido, orientado e conversando”.
Recuperação do presidente
Segundo Khalil, o presidente deve retornar à capital na semana que vem. Ele poderá, inclusive, voltar de avião, sem restrições. Ele disse ter conversado “normalmente” com o presidente, que lhe fez “perguntas normais”. E contou que fato de Lula permanecer em uma UTI, monitorizado, “é mais por segurança, é um protocolo”.
“Se tudo ocorrer bem, como está ocorrendo, Lula deve retornar a Brasília na próxima semana”, disse Khalil. “A depender do estado dele, volta as atividades. Volta às atividades devagar, mas começa as atividades dele. […] Ele vai retomar a vida normal, não teve nenhum comprometimento do cérebro.”
Segundo Khalil, uma tomografia constatou sangramento na região do cérebro, “e um sangramento até mais importante”. A partir daí, a equipe médica optou para fazer uma cirurgia para a drenagem do hematoma.
Também presente à coletiva, o médico Marcos Stavale afirmou que “cirurgia não foi muito longa”. E explicou que o hematoma chegou a comprimir o cérebro do presidente.
“O cérebro foi descomprimido e está com condições neurológicas preservadas”, afirmou, reassegurando que Lula não ficará com sequelas.
A equipe médica confirmou que o quadro atual do presidente tem relação com a queda que ele sofreu em 19 de outubro no Palácio da Alvorada, quando bateu a cabeça.
Com informações do Valor Econômico
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