Gleisi chama PSD e MBD para integrarem equipe de transição de Lula
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, informou nesta terça-feira (8) que convidou o PSD e o MDB para integrar a equipe que fará a transição do governo Jair Bolsonaro para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin será o coordenador da equipe de transição, que vai trabalhar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.
As articulações pela transição já começaram, e a equipe deve ser nomeada ao longo desta semana. A senadora Simone Tebet, por exemplo, deverá cuidar da área de Desenvolvimento Social. Por lei, o governo eleito tem direito a 50 cargos para a transição. Do lado do atual governo, a transição está sendo coordenada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
MDB junto a Lula
Pela manhã, Gleisi Hoffmann se reuniu em Brasília com o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, e formalizou o convite para que o partido participe da transição de governo.
Parte da legenda apoiou Lula quando o petista esteve na Presidência (2003-2010). No governo Dilma Rousseff, também. Porém, uma parte do partido decidiu apoiar o impeachment. Nas eleições deste ano, caciques do MDB, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), se aproximaram de Lula na disputa contra Bolsonaro.
PSD na equipe de transição
Horas depois do convite ao MDB, em uma rede social, Gleisi informou que teve uma “ótima conversa” com o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, e que também formalizou um convite para que o partido participe da transição e do conselho político que será formado.
“O deputado Antônio Brito foi indicado para compor o Conselho. Mais tarde o PSD indicará os membros que integrarão o governo de transição”, publicou Gleisi.
O PSD elegeu 42 deputados federais e terá 11 senadores a partir de 2023. O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é filiado ao partido e pretende disputar a reeleição para o comando da Casa. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi ministro de Dilma e de Michel Temer.
A ideia do PT é que MDB e PSD entrem na coalizão de partidos que apoiarão Lula no Congresso Nacional. O PT mantém conversas com o União Brasil para que a sigla de Luciano Bivar apoie a formação de um bloco governamental.
Lula em Brasília
O colunista do g1 Valdo Cruz informou que o presidente eleito Lula cumprirá agenda nesta semana em Brasília.
Lula deve se reunir, por exemplo, com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
Conforme o Blog do Valdo Cruz, o presidente eleito dedicará os próximos dias a uma agenda em busca da estabilidade institucional.
O colunista informou também que Lula deve bater o martelo sobre qual modelo de proposta encaminhará ao Congresso Nacional para garantir que o Auxílio Brasil permaneça em R$ 600 no ano que vem, uma das promessas de campanha do petista.
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