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Carla Zambelli: Entenda por que segurança foi preso (e liberado) e ela não
Um dos seguranças da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi preso em São Paulo pela Polícia Civil, na noite deste sábado, 29, por disparo de arma de fogo. A prisão aconteceu após a confusão com a deputada federal reeleita, que sacou uma arma e apontou para o jornalista Luan Araújo, um homem negro, no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo.
Esse segurança teria feito então um disparo com arma de fogo. Depois da prisão, ele pagou fiança no valor de um salário mínimo e foi liberado. O caso foi comunicado à Justiça Eleitoral para análise.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o segurança é um policial militar de 46 anos que estava de folga. A arma dele foi apreendida para perícia, no 78º DP do bairro dos Jardins.
Segundo o delegado Percival Alcântara, do 78º DP, “o mesmo foi preso haja vista ter efetuado um disparo de arma de fogo em direção ao solo”.
A prisão do segurança foi um requerimento da defesa do jornalista Luan Araújo, que também pede a prisão da deputada. A defesa também requereu a apreensão das armas para perícia bem como a preservação das imagens do comércio local. No início da madrugada, houve a prisão apenas do segurança, caso em que o delegado entendeu que houve flagrante.
Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de setembro, proibiu o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) no dia das eleições, assim como nas 24 horas que antecedem e nas 24 horas seguintes ao dia votação. O eventual descumprimento dessa proibição poderia acarretar em prisão em flagrante por porte ilegal de de arma.
A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) afirma porém ter ignorado conscientemente a resolução, por entender que ela é ilegal.
A parlamentar disse que foi hostilizada por “militantes de Lula”. Nas imagens, o jornalista Luan Araújo, um homem negro, discute com Zambelli e seus seguranças. Nos vídeos que circulam sobre o ocorrido, as gravações não são conclusivas sobre agressão à deputada.
O homem perseguido pela deputada afirma que a confusão teve início depois de ele ter gritado “te amo, espanhola” para a parlamentar.
A mensagem é uma referência a uma fala do senador Omar Aziz (PSD-AM) durante a CPI da Covid-19, no ano passado. Na ocasião, após troca de ataques entre Zambelli e o senador, Aziz publicou em seu Twitter um trecho da música “Espanhola”. Nessa hora Zambelli tropeçou e ela e seus seguranças sacaram a arma e um deles chegou a atirar.
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