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Redução dos juros nos EUA beneficia o ouro, afirma executivo
Nesta quarta-feira (18), o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortou os juros americanos em 0,5 ponto percentual, que ficou entre 4,75% e 5,00%. “A queda dos juros americanos tende a valorizar ainda mais o ouro”, disse Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals (AURA33), empresa de mineração de ouro e cobre, com operação no Brasil, Honduras, México e Colômbia.
Rodrigo conversou com exclusividade para o Visão de Líder, que vai ao ar daqui a alguns dias. Mas no vídeo acima (que é um corte da entrevista completa) você confere o impacto do corte dos juros americanos na mineração de ouro em geral, e na Aura em específico.
Juros americanos em queda: bom para o ouro
Para o executivo, a perspectiva de juros em queda ajuda a impulsionar os negócios da companhia. “Normalmente, o que atrapalha a apreciação do ouro são os juros altos, porque o metal compete com o dólar como reserva de valor”, nos disse Rodrigo.
Mas agora, o jogo é outro. “A queda dos juros americanos tende a valorizar ainda mais o ouro.”
Corte dos juros americanos melhora nível de endividamento
Outro ponto que Rodrigo ressaltou foi o nível de endividamento atrelado ao dólar. “A gente tem usado vários mecanismos de endividamento para acessar o mercado e poder financiar nossos projetos. Como temos uma receita dolarizada, a gente emite em dólar, ainda que a gente acesse o mercado de capitais no Brasil”. Isso, inclusive. Lançamos recentemente o processo para 500 milhões R$ de debêntures, que no fim vão ser solapadas para dólar.”
“Então, a queda dos juros americanos vai ajudar na nossa receita e também nos custos, reduzindo os nossos juros.”
O que deve acontecer com o ouro com a redução dos juros americanos?
E qual é a perspectiva para o ouro com a redução dos juros americanos? “Desde 2017 a gente vem repensando o portfólio, revimos nosso balanço, analisamos como captar recursos. Quando a gente lançou o IPO da empresa, em 2020, a gente tinha uma história. Assim, nós nos estruturamos para crescer e pagar dividendos, que são projetos combinados”, afirmou Rodrigo.
De fato: a Aura pagou em 2021, 13,5% de dividend yield – “foi o maior pagamento da indústria do ouro no mundo”, disse Rodrigo.
Além disso, em julho deste ano, a companhia repassou US$ 25,4 milhões em dividendos aos acionistas. Esse valor equivale a US$ 0,35 por ação, ou R$ 1,87 por BDR. 70% da companhia estão nas mãos de acionistas brasileiros.
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