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Banco Master acelera planos de captação externa após melhora de rating
O Banco Master, que teve seu rating em nível nacional elevado pela Fitch no mês passado, aproveitou a decisão para acelerar planos de uma captação internacional. A instituição já vem trabalhando na diversificação das suas fontes de funding e acredita que, apesar das turbulências recentes nos mercados financeiros, há oportunidade para fechar uma operação em breve.
Sem dar muitos detalhes porque as negociações para a transação ainda estão em andamento, o CEO do Master, Daniel Vorcaro, diz que a captação pode ter um componente de dívida e outro de capital. “Recebemos um rating A-, no grau de investimento, e estamos conversando com investidores. A melhora do rating do Brasil também ajudou e essa operação será algo representativo para nós, em termos de volumes”, afirma.
Segundo ele, a Fitch foi contratada para avaliar o banco justamente em função desse planejamento para uma captação internacional. “A agência estudou a fundo nosso balanço, acompanha a evolução do banco. O rating mostra que estamos no caminho correto, diversificando os negócios, dando resultado, aprimorando a governança.”
O economista-chefe do Master, Paulo Gala, comenta que, apesar do momento de estresse nos mercados, com juros e dólar subindo em função da pressão fiscal, é otimista de que o Brasil caminha para reconquistar o grau de investimento em poucos anos. “A visão dos estrangeiros sobre o Brasil é melhor do que a dos locais. Lógico que conseguir o equilíbrio nessa questão fiscal não é fácil, mas acho que o minsitro Fernando Haddad vai conseguir aprovar o pacote de gastos. A situação brasileira é relativamente sólida, longe de ser catastrófica.”
Quem também revisou recentemente o rating do Master foi a Moody’s. A agência afirmou o rating global em B3, mas mudou a perspectiva para positiva. Segundo a agência, a decisão reflete uma franquia em rápido crescimento focada em negócios corporativos e de crédito consignado. Ainda assim, o relatório apontou que o banco continua a apresentar concentrações significativas na sua carteira, bem como uma exposição significativa a precatórios e a ações na sua carteira de títulos, o que acrescenta riscos e gera opacidade na estrutura de balanço.
“Ao alterar a perspectiva dos ratings para positiva, reconhecemos melhorias recentes e esforços contínuos para fortalecer a governança corporativa, que ajudarão o banco a aprimorar a disciplina de gestão de risco, à medida que continua a expandir suas plataformas bancárias de crédito e de investimento”, disse a Moody’s.
Em agosto, a Master CTVM assinou um termo de compromisso com a Anbima, que identificou indícios de descumprimento referentes à metodologia e processos relativos à provisão de perdas por redução do valor recuperável dos direitos creditórios integrantes das carteiras de FIDCs sob administração da companhia. A Anbima afirma no documento que a corretora forneceu informações de forma tempestiva, “inclusive com a apresentação de forma espontânea e voluntária de proposta de termo de compromisso no âmbito de forma antecipada”.
No documento a Master CTVM se compromete a revisar e consolidar, conjuntamente com empresa de consultoria externa com reconhecida experiência em PDD, em consonância com o Código Anbima, todas as metodologias utilizadas. Segundo Vorcaro, os cotistas desses fundos são terceiros e isso não afeta em nada o banco. “A Anbima orientou e fechou acordo com várias administradoras de FIDCs, devido ao novo ‘modus operandi’ do setor. Não tem nada demais nisso.”
Com informações do Valor Econômico
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