Morning call: bolsa inicia sessão com desafio de se recuperar de queda na véspera

Bolsa de valores ontem regrediu em relação aos dias anteriores. O Ibovespa perdeu 0,79%, aos 130.804,17 pontos

O morning call de hoje começa indicando que a agenda econômica apresenta como fatos mais importantes do dia a divulgação do relatório trimestral de inflação, pelo Banco Central, e também a terceira leitura do PIB do terceiro trimestre dos Estados Unidos.

A ver como essas divulgações impactarão o mercado durante o dia.

Vale lembrar que a bolsa de valores ontem regrediu em relação aos dias anteriores. O Ibovespa perdeu 0,79%, aos 130.804,17 pontos. Na terça-feira (19), o índice fechou com valorização de 0,59% (131.850,90 pontos), superando o recorde de segunda-feira.

O dólar, por sua vez, subiu 0,99%, cotado a R$ 4,9120.

O dia de ontem foi marcado pela promulgação da reforma tributária no Congresso, em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda no campo de notícias relevantes da véspera, o Ministério do Planejamento informou à Casa Civil que abrirá R$ 93,143 bilhões em crédito extraordinário para quitar precatórios.

Além disso, o relator do Orçamento do ano que vem, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), disse que o governo vai apresentar nova proposta para recompor o corte no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Bolsas de Nova York ontem

As bolsas de Nova York interromperam um rali que se sustentou por quase duas semanas e devolveram parte dos ganhos acumulados nas últimas sessões, fechando com queda de mais de 1% num pregão marcado pela volatilidade e baixa liquidez.

O índice Dow Jones caiu 1,27%, aos 37082,00 pontos, depois de ter renovado na terça-feira sua máxima histórica. O S&P 500 baixou 1,47%, para 4698,35 pontos e o Nasdaq recuou 1,50%, aos 14777,94 pontos.

Bolsas da Ásia

Os índices acionários da Ásia fecharam sem direção única nesta quinta-feira (21) à medida que os efeitos de um escândalo de segurança na Toyota ajudaram a impor uma queda de mais de 1% à bolsa de Tóquio. Na contramão, os negócios chineses encontraram espaço para recuperação, após as perdas da véspera.

A subsidiária Daihatsu, da Toyota, anunciou a suspensão temporária de todos os seus veículos no Japão e no exterior, depois que uma investigação independente descobriu 174 irregularidades em 64 modelos, alguns deles vendidos pela própria controladora. Desde abril, o comitê apurava as suspeitas de que a empresa teria manipulado testes de colisão.

Em um comunicado separado, a Toyota informou que fará o recall de 1 milhão de veículos nos Estados Unidos, por problemas relacionados ao airbag.

Neste cenário, a ação da montadora caiu 4,03% em Tóquio, em benefício da rival Suzuki Motor (2,13%). Com isso, o índice Nikkei encerrou em baixa de 1,59%, aos 33.140,47 pontos.

O movimento segue a cautela que se instalou ontem em Wall Street, enquanto dirigentes do Federal Reserve (Fed) buscavam conter o ânimo dos mercados por cortes agressivos de juros no ano que vem. O presidente da distrital do BC americano na Filadélfia, Patrick Harker, comentou que não espera relaxamento monetário tão cedo.

Em Seul, o índice Kospi perdeu 0,55%, a 2.600,02 pontos, enquanto o Taiex, de Taiwan, cedeu 0,52%, a 17.543,74 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, caiu 0,45%, a 7.504,10 pontos.

Em Hong Kong, por outro lado, o índice Hang Seng ganhou 0,04%, a 16.621,13 pontos. Na China continental, a Bolsa de Xangai avançou 0,57%, a 2.918,71 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, ganhou 0,90%, a 1.801,50 pontos.

Os ganhos recompõem parte da desvalorização recente, que respondia ao quadro econômico incerto do país asiático.

Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo