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Itaú Unibanco registra lucro recorrente de R$ 6,779 bilhões no 3º trimestre
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O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam para um ganho de R$ 6,601 bilhões
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O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 19,7% no terceiro trimestre, ante 18,9% no segundo trimestre e 15,7% no terceiro trimestre do ano passado
Empresas citadas na reportagem:
O Itaú Unibanco obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,779 bilhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 34,77% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 3,61% ante o trimestre imediatamente anterior. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam para um ganho de R$ 6,601 bilhões.
O lucro contábil do Itaú ficou em R$ 5,78 bilhões entre julho e setembro, com alta de 28,67% ante igual intervalo de 2020 e retração de 23,54% na base trimestral.
O banco contabilizou margem gerencial financeira de R$ 19,515 bilhões no período, com alta de 3,85% ante o trimestre anterior e de 15,28% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
A margem com clientes ficou em R$ 17,587 bilhões, com alta de 4,7% no trimestre e avanço de 13,1% em 12 meses. Já a margem com o mercado foi de R$ 1,928 bilhão, com queda de 3,2% e alta de 40,4%, respectivamente.
A margem com clientes ficou em R$ 17,587 bilhões, com alta de 4,7% no trimestre e avanço de 13,1% em 12 meses. Já a margem com o mercado foi de R$ 1,928 bilhão, com queda de 3,2% e alta de 40,4%, respectivamente.
Margem financeira com clientes cresceu 4,7% no trimestre devido ao maior volume médio de crédito e da maior quantidade de dias corridos no trimestre. A redução dos spreads de crédito foi mais do que compensada pelo crescimento da margem de passivos no trimestre.”, diz o banco.
A taxa média da margem com clientes ficou em 7,4%, de 7,4% no segundo trimestre e 7,5% no terceiro trimestre de 2020.
A receita de tarifas atingiu R$ 11,569 bilhões, com altas de 2,1% no trimestre e de 4,3% em 12 meses.
Na linha de cartões de crédito e débito, o Itaú teve receita de R$ 3,257 bilhões, com alta de 6,4% no trimestre e de 14,9% em 12 meses. Em serviços de conta corrente, a receita somou R$ 1,877 bilhão, com avanço de 4,5% e queda de 2,2%. E em administração de recursos, a receita atingiu R$ 1,531 bilhão, com aumentos de 8,1% e 15,8%, respectivamente.
Segundo o banco, em cartões houve maior faturamento em emissão e adquirência, parcialmente compensada por menores ganhos com anuidade e maior volume de pontos concedidos em programas de recompensa em emissão. Já em conta corrente, o crescimento na margem se deve principalmente a pacotes PJ por aumento na base de clientes e maior tarifa média.
Já as despesas gerais atingiram R$ 12,819 bilhões, com alta de 2,1% no trimestre e de 1,1% em 12 meses. A despesa de pessoal ficou em R$ 5,284 bilhões, com incrementos de 5,7% e 10,2%. Já as despesas administrativas somaram R$ 4,177 bilhões, subindo 7,6% e 2,3%, respectivamente.
“As despesas de pessoal cresceram, devido aos efeitos da negociação do acordo coletivo de trabalho, que inclui reajuste de 10,97% sobre salários e benefícios a partir de setembro, e à maior despesa com participação nos resultados. As despesas administrativas também aumentaram, principalmente propaganda e serviços de terceiros”, diz o Itaú.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 19,7% no terceiro trimestre, ante 18,9% no segundo trimestre e 15,7% no terceiro trimestre do ano passado.
Custo do crédito
O Itaú informou que seu custo do crédito ficou em R$ 5,232 bilhões, com alta de 11,5% no trimestre e queda de 17,2% em 12 meses. Esse custo é formado por R$ 5,526 bilhões em despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD), menos R$ 857 milhões em recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo. Na conta entra ainda um ganho R$ 21 milhões em “impairment” e uma perda de R$ 583 milhões com descontos concedidos.
Segundo o Itaú, o aumento do custo do crédito no trimestre ocorreu em função da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de varejo no Brasil, devido ao crescimento da carteira de crédito e ao aumento nominal do atraso. Na América Latina, o aumento foi causado principalmente pela variação cambial no período.
“Em relação aos primeiros nove meses de 2020, a redução no custo do crédito ocorreu devido ao maior provisionamento feito no primeiro semestre de 2020, devido à alteração do cenário macroeconômico e das perspectivas financeiras das pessoas e das empresas, capturada por nosso modelo de provisionamento por perda esperada”.
Carteira de crédito expandida
O Itaú encerrou setembro com R$ 962,3 bilhões na carteira de crédito expandida. O saldo aumentou 5,9% em relação ao segundo trimestre e cresceu 13,6% na comparação com setembro do ano passado.
A carteira de pessoa física ficou em R$ 302,8 bilhões, com alta de 8,6% no trimestre e de 27,8% em 12 meses. Em pessoa jurídica, chegou a R$ 264,6 bilhões, com avanço de 5,8% e alta de 7,4%, respectivamente. E no restante da América Latina, R$ 200,2 bilhões, com alta de 2,7% na base trimestral e queda de 2,9% na anual.
Há ainda R$ 77,1 bilhões em garantias financeiras e R$ 117,7 bilhões em títulos privados.
No terceiro trimestre mantivemos o patamar em seu maior nível histórico de produção no crédito imobiliário e com isso a carteira apresentou um crescimento de 12,2%”, diz o banco.
A administração da instituição financeira ainda destacou o crescimento em cartão de crédito em decorrência da recuperação da atividade econômica e da mudança comercial na oferta dos produtos, e o aumento no financiamento de veículos, associado ao avanço da demanda, principalmente de automóveis usados.
Inadimplência
O banco encerrou o terceiro trimestre com inadimplência de 2,6% na carteira de crédito, de 2,3% em junho. A taxa havia ficado em 2,2% em setembro do ano passado.
A taxa de calotes de pessoa física ficou em 3,6% no fim de setembro, ante 3,6% em junho e 4,3% no fim do terceiro trimestre de 2020. No caso de grandes empresas, o indicador estava em 1,1%, de 0,3% e 0,5%, na mesma base de comparação. Em micro, pequenas e médias empresas, ficou em 2,6%, de 2,6% e 1,4%. E nas operações do banco em outros países da da América Latina foi de 2,0%, de 1,4% e 1,2%.
Segundo o Itaú, o aumento no índice de grandes empresas ocorreu devido à rolagem de clientes específicos que já estavam adequadamente provisionados.
A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 1,7% em setembro, de 2,5% em junho e 1,9% em setembro de 2020. Em pessoa física, caiu para 2,4%, de 2,6% e 3,0%, respectivamente.
O índice de cobertura ficou em 234%, de 283% no segundo trimestre e 339% no terceiro trimestre do ano passado.
iti
O Itaú iformou que seu banco digital iti chegou à marca de 10 milhões de clientes. No terceiro trimestre de 2021 foram conquistados mais 2,2 milhões de clientes, sendo que 85% deles não são correntistas do banco tradicional.
Esse avanço do iti se encaixa na estratégia do projeto iVarejo 2030, que tem como um de seus objetivos quadruplicar as vendas digitais do banco e tornar este modal responsável por 50% das receitas até 2025.
Além de numerosos, os clientes do iti também são jovens, e com grande potencial de estreitar seu relacionamento com o Itaú Unibanco ao longo do tempo”, projeta o banco.
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