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Itaú Unibanco se mantém no topo entre marcas mais valiosas do Brasil
Empresas citadas na reportagem:
O Itaú Unibanco mais uma vez manteve a liderança no ranking das marcas brasileiras mais valiosas, elaborado pela Interbrand. A lista de 2022/2023 traz o banco em primeiro lugar – posição que ocupa desde que a avaliação foi criada no país, em 2001 – e o concorrente Bradesco em segundo. As cervejas Brahma e Skol (ambas fabricadas pela Ambev) ficam na terceira e na quarta posições.
O setor financeiro é o que tem mais peso no topo do ranking, com 59% do valor entre as 25 marcas mais valiosas do país, R$ 90,5 bilhões. Depois vem o segmento de bebidas alcoólicas, com 22%, seguido por varejo, cosméticos e farmacêutico.
De acordo com o levantamento, a marca Itaú teve valorização de 9%, para R$ 44,4 bilhões. Bradesco se valorizou 4% ante 2021, para R$ 28,6 bilhões. Entre as 25 mais valiosas, a novidade é o Nubank, que aparece em sétimo lugar, sem antes pertencer às mais cotadas.
Nas edições anteriores, a Interbrand apresentou seu ranking no fim do ano. Mas decidiu adiar para este mês a atual apresentação (que se refere a 2022 e 2023) por causa do acúmulo de grandes eventos no fim do ano passado, como Copa do Mundo.
O adiamento permitiu à Interbrand incluir uma reavaliação da marca Americanas, que pediu recuperação judicial em fevereiro, após informar um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
Como resultado, a varejista caiu de décimo lugar em 2021 para décimo nono no levantamento atual, perdendo 53% de seu valor – que passou de R$ 1,8 bilhão para R$ 844 milhões. “Graças à força da marca ela ainda se mantém entre as 25 mais”, observa Beto Almeida, CEO da Interbrand.
A metodologia da Interbrand leva em conta três componentes principais: desempenho financeiro, o papel que a marca desempenha nas decisões de compra e sua força competitiva. Além de compilar dados públicos, o estudo ouve consumidores. Nesta edição, foram entrevistadas 1.109 pessoas no Brasil, entre setembro e outubro, com mais de 15 anos e pertencentes às classes A, B e C.
A empresa também considera atributos de coerência e ética das companhias e das marcas. Ao final, diz Almeida “é examinada a solidez financeira do negócio e sua influência no setor: precisa ter dados públicos e resultados individuais das marcas.”
“Fazer as coisas certas e do jeito certo é ir além do que regem as legislações e as marcas mais fortes já perceberam isso”, acrescenta o CEO da Interbrand.
Além do Nubank, a marca Renner é destaque no ranking deste ano, com crescimento de 14%, o maior registrado em relação ao ano de 2021. O relatório afirma que a varejista é referência em seu segmento como líder de moda, trazendo inovações e cada vez está mais conectada com pautas emergentes, destacando-se pelo compromisso com a sustentabilidade.
As marcas de supermercado há algum tempo perderam lugar entre as 25 mais valiosas, em função de mudança de hábitos de consumo depois da pandemia, observa o CEO da Interbrand, e foram substituídas pelas redes de atacarejo – atacados que vendem também ao consumidor final e têm como principal atrativo o preço. Entre o estudo de 2021 e este último, Assaí teve valorização de 11% e Atacadão, de 13% – estão em 20º e 21º lugares, respectivamente.
Para entrar na lista nacional, a marca precisa ter nascido no Brasil. Essa cláusula impede que nomes como Mercado Livre, criado na Argentina, sejam considerados.
Por outro lado, marcas brasileiras não entram no ranking internacional da Interbrand, por não terem lastro financeiro comparável. As top 5 globais são: Apple, número um pelo décimo ano consecutivo, Microsoft, Amazon, Google e Samsung – um grupo avaliado na casa dos trilhões de dólares.
Por Ricardo Lessa
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