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Ibovespa respira e já acumula alta de 6% em três pregões
Embalado pelo alívio para ativos de risco nos mercados globais e pela relativa melhora em fatores domésticos, o Ibovespa engatou seu terceiro dia de alta e já acumula ganhos de quase 6% no período. Os outros ativos do mercado local tiveram comportamento distinto: à espera da decisão de política monetária do Banco Central, amanhã, o dólar encerrou em leve valorização, enquanto a curva de juros perdeu inclinação, com alta nas taxas curtas e queda nas longas.
O Ibovespa fechou o dia de ontem em seu maior nível desde o dia 11 de novembro, com ganhos de 1,70%, aos 106.858,87 pontos.
Ainda que os dados sobre a variante ômicron da covid-19 estejam sendo coletados e avaliados, leituras preliminares vêm indicando que a nova cepa pode ser menos letal do que a delta. A perspectiva despertou uma melhora na demanda por ativos de risco dos investidores globais, o que trouxe alívio aos principais índices acionários do Ocidente. Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 1,87% e o S&P 500 avançou 1,17%, enquanto, na Europa, o Stoxx 600 subiu 1,28%.
Segundo Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, as perspectivas de mercado ainda são majoritariamente construtivas. “Continuamos bastante positivos em ações globais devido ao crescimento contínuo acima da tendência, apesar da ômicron, e temos uma visão mais neutra sobre o crédito e a direção do dólar americano. Temos maior convicção sobre a valorização de commodities e nossos estrategistas veem a recente venda do petróleo como um ponto de entrada atraente, em uma tese de investimento de retomada de ativos da ‘velha economia’”, afirma.
Neste contexto, as ações ligadas a materiais básicos tiveram valorização expressiva na bolsa brasileira ontem. Vale ON avançou 5,43%, enquanto CSN ON subiu 3,65%, Usiminas PNA teve ganhos de 3,87% e Gerdau PN avançou 2,33%.
No mercado de câmbio, o dólar foi cotado a R$ 5,6898 no encerramento dos negócios, avanço de 0,13% frente o real.
Já no mercado de renda fixa, depois de ter se ajustado em forte queda na semana passada, a estrutura a termo da curva de juros voltou a perder inclinação, em um processo de alta das taxas de curto prazo e de queda das mais longas. O movimento vem antes da decisão de juros do BC, no momento em que as apostas para a reunião se mantêm, majoritariamente, em uma elevação de 1,5 ponto percentual na Selic.
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