Os fundos de renda fixa mantiveram a liderança de captação do setor em outubro. Pelos dados da Anbima, atraíram R$ 17,4 bilhões no mês, com o acumulado do ano em R$ 255,2 bilhões, mais da metade de tudo que entrou na indústria (R$ 420,9 bilhões) desde janeiro.
“Com a expectativa de alta da taxa Selic, a tendência é que a procura dos investidores por esses produtos aumente nos próximos meses”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima, em nota.
Na mão oposta, os fundos de ações perderam R$ 6,1 bilhões, acelerando o resultado negativo observado em setembro (saídas de R$ 2,2 bilhões). Com isso, o saldo do ano está em R$ 2,6 bilhões. Segundo relatório da Anbima, a pior performance do Ibovespa (-6,7% em outubro), cravando a quarta queda mensal consecutiva, acabou levando o investidor a resgatar seus recursos nas carteiras de renda variável.
Os fundos classificados como ações livres, que não têm o compromisso de concentração em uma estratégia específica, foram os mais impactados, com resgates de R$ 3,6 bilhões no mês.
O investidor aparentemente também não aguentou a maior volatilidade dos multimercados e sacou R$ 12,5 bilhões em outubro. No ano, a captação líquida segue positiva em R$ 69,6 bilhões.
No total, a indústria de fundos captou R$ 15,7 bilhões em outubro.
Avaliando-se os retornos mensais, a média dos fundos de renda fixa ficou em 0,27%, com máxima de 1,94% (Renda Fixa Dívida Externa) e mínima de 1,60% negativo (Renda Fixa Indexados).
Nas ações, as 12 subcategorias ficaram com rendimento negativo, e mais da metade destas tiveram desempenho abaixo da média (-7,75%). O rendimento máximo dos dos multimercados foi de 2,04% (Estratégia Específica), enquanto o mínimo ficou negativo em 3,86% (Long/Short Direcional).