Negociações do Tesouro Direto foram suspensas duas vezes nesta segunda-feira. Qual foi impacto sobre os títulos?

O maior retorno oferecido por prefixados era entregue pelo papel com vencimento em 2029, de 13,27%

As negociações do Tesouro Direto foram suspensas duas vezes nesta segunda-feira (23). As suspensões aconteceram em função da forte volatilidade nos preços e nas taxas. O mercado reage as todas as notícias, ora fazendo os preços subirem, ora provocando queda nas cotações. Quando os agentes do mercado financeiro acham que as novidades não são boas para os negócios, não tem jeito. A reação é negativa e imediata. A tarde de hoje foi um desses momentos.

Na volta dos negócios, às 15h25, os juros apresentam alta. Sendo que o maior retorno oferecido por prefixados era entregue pelo papel com vencimento em 2029, de 13,27%, abaixo dos 13,18% ao ano vistos no começo do dia e dos 13,15% da sessão anterior.

O que Lula disse que moveu os juros futuros?

Lula exaltou, após o encontro com o presidente argentino, o papel do BNDES e afirmou que tem orgulho da época em que o banco de fomento “tinha mais recursos para financiar do que o Banco Mundial”. “É isso que vamos fazer dentro das possibilidades econômicas do nosso país”, afirmou o presidente.

Agentes financeiros apontam que o uso de medidas parafiscais para acelerar o crescimento da economia podem, além de ter impactos negativos nas contas públicas, enfraquecer o efeito da política monetária, exigindo doses de juros maiores para controlar a inflação.

Os juros futuros passaram a avançar de maneira mais acentuada durante a tarde, em movimento que coincidiu com as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Segundo participantes do mercado, as falas exaltando o papel do BNDES voltaram a ampliar a cautela do uso de recursos públicos para a concessão de crédito por meio do banco de fomento.

Perto das 15h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subia de 13,505% do ajuste anterior para 13,56%; a do DI para janeiro de 2025 avançava de 12,77% para 12,86%; a do DI para janeiro de 2026 passava de 12,75% para 12,845%; e a do DI para janeiro de 2027 saltava de 12,805% para 12,925%.

Juros futuros encerraram o pregão em alta firme

Os juros futuros encerraram o pregão desta segunda-feira em alta firme. No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subiu de 13,505% do ajuste anterior para 13,565%; a do DI para janeiro de 2025 avançou de 12,77% para 12,845%; a do DI para janeiro de 2026 passou de 12,75% para 12,83%; e a do DI para janeiro de 2027 saltou de 12,805% para 12,905%.

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