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Setor público consolidado fecha 2021 com superávit de R$ 64,7 bi, o primeiro desde 2013
Empresas citadas na reportagem:
O superávit primário do setor público consolidado acumulou R$ 64,727 bilhões em 2021, o equivalente a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo os dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (31), foi o primeiro superávit primário desta esfera de governo desde 2013, quando houve superávit primário de 1,71% do PIB. O resultado contribuiu para que o déficit nominal do ano passado, de R$ 383,664 bilhões (4,42% do PIB), também fosse o menor, em percentual do PIB, desde 2013 (déficit de 2,96% do PIB).
Em 2020, a conta foi deficitária em R$ 702,950 bilhões (9,41% do PIB). E o déficit nominal, que inclui despesas com juros, ficou em 13,60% no PIB naquele ano. Os dados do setor público consolidado envolvem governo central (formado por Previdência e Tesouro, além do próprio BC), Estados, municípios e estatais. Ficam fora da conta Petrobras, Eletrobras e bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Segundo o BC, o setor público consolidado fechou dezembro com superávit primário de R$ 123,186 milhões. Em dezembro do ano passado, o resultado havia sido deficitário em R$ 51,837 bilhões.
O resultado do mês passado refletiu um superávit do governo central de R$ 13,938 bilhões e um déficit de R$ 12,798 bilhões dos Estados e municípios. As estatais tiveram déficit de R$ 1,016 bilhão.
O déficit nominal em dezembro do setor público consolidado acumulou R$ 54,249 bilhões. Um ano antes o resultado havia sido deficitário em R$ 75,808 bilhões.
O resultado nominal do mês passado refletiu um superávit primário de R$ 123 milhões e uma conta de juros de R$ 54,372 bilhões.
Dívida bruta
A dívida bruta dos governos no Brasil variou de R$ 6,979 trilhões em novembro para R$ 6,967 trilhões em dezembro. Em relação ao PIB, a dívida caiu de 81,1% para 80,3%.
De acordo com o BC, a queda de 0,8 ponto percentual (p.p.) mensal da dívida pode ser explicada principalmente por resgates líquidos de dívida (redução de 0,8 p.p.), do crescimento do PIB nominal (redução de 0,7 p.p.), e da incorporação de juros nominais (aumento de 0,7 p.p.).
Já a dívida líquida do setor público não financeiro variou de R$ 4,905 trilhões, ou 57% do PIB, em novembro para R$ 4,967 trilhões, ou 57,3% do PIB, em dezembro.
De acordo com o BC, a variação mensal pode ser explicada por um impacto próximo de zero do superávit primário, uma força altista de 0,6 ponto percentual (pp) do PIB do pagamento de juros da dívida, um efeito altista de 0,1 pp. do PIB do ajuste cambial e um efeito baixista de 0,5 pp. da variação nominal do PIB.
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