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Pílula da Pfizer contra a Covid-19 é aprovado nos EUA
A FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de saúde pública dos Estados Unidos) autorizou o uso do remédio Paxlovid, da Pfizer, contra a Covid-19 em pacientes recém-infectados. A pílula poderá ser tomada em casa para prevenir a evolução do caso e eventuais hospitalizações. Ela pode ser receitada a pacientes a partir de 12 anos.
Segundo a FDA, o Paxlovid é eficaz e seguro e deve desempenhar um importante papel na redução de internações e mortes pelo coronavírus em um cenário de aumento de casos entre vacinados pela variante ômicron. Porém, ainda não existem estudos apontando a eficácia do medicamento contra a nova variante.
A Pfizer afirma que testes de laboratório indicaram que o Paxlovid também deve funcionar contra a ômicron dada a maneira como o remédio age no organismo. Ele impede que o vírus se espalhe ao bloquear uma enzima chamada protease. Segundo dados da farmacêutica, o Paxlovid reduz o risco de hospitalização e morte em aproximadamente 89% das pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da Covid-19.
O Paxlovid estará disponível ao uso nos EUA já nos próximos dias, de maneira limitada. A Pfizer agora trabalha para ampliar a produção. Segundo a empresa, devem ser enviadas dezenas de milhares de doses aos EUA nas próximas semanas e centenas de milhares em 2022.
O governo americano já comprou 10 milhões de doses que serão entregues até o final de 2022 por um custo de US$ 5,29 bilhões.
A projeção da Pfizer é produzir 120 milhões de doses do Paxlovid em 2022. Segundo estimativas do mercado, ac companhia pode chegar a US$ 18 bilhões com as vendas do remédio no próximo ano.
Para ampliar o acesso ao remédio, a Pfizer licenciou a fórmula para que fabricantes de genéricos também possam fabricá-lo.
Apesar da liberação nos EUA, ainda existem questionamentos sobre a segurança do Paxlovid. O remédio deve ser administrado em combinação com o ritonavir, que pode causar efeitos colaterais em certos pacientes que usam remédios para o coração e contra o colesterol. Ele também deve ser evitado em casos de função renal ou hepática gravemente reduzida e em grávidas.
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