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Reabertura da China poderá elevar demanda por petróleo para nível recorde em 2023, diz agência
A decisão da China de reabrir sua economia depois de três anos de rígidas restrições relacionadas ao combate da covid-19 deve contribuir para a demanda por petróleo alcançar um nível recorde neste ano, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
“Duas incógnitas dominam as perspectivas do mercado de petróleo em 2023: Rússia e China”, disse a AIE, com sede em Paris, em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo. “A oferta russa [de energia] diminui sob o impacto total das sanções, enquanto a China impulsionará quase metade do crescimento da demanda global, mesmo que a forma e a velocidade de sua reabertura permaneçam incertas”.
A AIE elevou sua previsão de crescimento da demanda de petróleo para este ano em quase 200 mil barris por dia, para 1,9 milhão de b/d. A demanda extra significa que a agência agora espera que a demanda total de petróleo neste ano seja em média de 101,7 milhões de b/dia, um volume recorde, bem acima dos níveis pré-covid.
A guinada na política de Pequim, que abandonou em dezembro sua abordagem de tolerância zero para a covid, surpreendeu o mercado de petróleo e tem alimentado previsões de que a reabertura da China poderá resultar em uma rápida recuperação na demanda por petróleo da segunda maior economia do mundo.
Uma melhora similar nas previsões para as economias da Europa e dos EUA também está aumentando as expectativas de aumento na demanda por petróleo, segundo a AIE. Espera-se que a economia da Europa se saia melhor neste ano do que o previsto anteriormente, uma vez que as temperaturas mais altas aliviaram a crise de abastecimento de energia. Enquanto isso, os esforços do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para domar a inflação mostraram recentemente sinais de desaceleração da pressão dos preços.
“O principal impulsionador da demanda por petróleo em 2023 será o momento e o ritmo da recuperação pós-lockdown da China”, afirmou a AIE.
A demanda da China por petróleo compõe a maior parte da revisão da AIE, que elevou sua previsão para a demanda chinesa em 100 mil b/d, para 15,9 milhões de b/d.
A AIE estima que o principal crescimento na oferta global de petróleo deve vir dos Estados Unidos, enquanto a produção do grupo de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países aliados vai encolher em 870 mil b/d, liderado pela Rússia.
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