Morning call: bolsa será capaz de retomar a alta ou seguirá a trajetória de quedas em agosto?

Ibovespa marcou ontem a décima queda seguida; há fôlego para uma recuperação nesta terça?

A pergunta do mercado, nesta morning call, diante do histórico recente é simples nesta terça-feira (15). A bolsa reagirá ou então vai amargar a 11ª queda consecutiva, ampliando o movimento ladeira abaixo experimentado em agosto?

Os dados passados não são nada animadores. O Ibovespa desceu 1,06% na segunda-feira e a bolsa amarga agora 116.809 pontos.

Enquanto isso, em movimento contrário, o dólar subiu e fechou o pregão de ontem em alta de 1,25% – cotação de R$ 4,9656 que se aproxima da marca dos R$ 5.

Vale dizer que a China parece influenciar a bolsa de valores de São Paulo. O país asiático mostra dificuldades para retomar o crescimento experimentado em anos anteriores, sobretudo antes da pandemia.

Esse movimento talvez seja o que freie uma série de dados positivos experimentados pela economia nacional, como a queda recente da Selic.

A taxa básica de juros, que estava em 13,75%, foi reduzida a 13,25%, um movimento que surpreendeu parte do mercado.

Dado o panorama, é bom ficar de olho no fechamento das bolsas asiáticas.

Na Ásia, faltou sinal único

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta terça-feira.

Investidores avaliaram indicadores da China, com números abaixo do previsto pelo mercado, mas também o fato de que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou cortes em várias de suas taxas de juros para tentar apoiar a atividade. Nesse quadro, Xangai registrou baixa contida, mas Tóquio avançou.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,07%, em 3.176,18 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,66%, a 2.077,97 pontos.

Os indicadores de produção industrial e vendas no varejo vieram abaixo do esperado, o que segundo o Goldman Sachs reflete impulso ainda contido no crescimento local, mesmo em quadro de política monetária sendo relaxada.

Entre ações, as de fabricantes de chips e as ligadas ao consumo estiveram entre as mais pressionadas. Will Semiconductor caiu 7,8% e China Tourism Group Duty Free, 1,8%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 1,03%, a 18.581,11 pontos. Os dados fracos da China pesaram, ao sugerirem desaceleração na retomada do país.

Investidores agora especulam sobre mais medidas de apoio de Pequim ainda no terceiro trimestre, para que o país cumpra sua meta de crescimento. Ações ligadas ao consumo também caíram em Hong Kong, com o setor financeiro igualmente sob pressão. A varejista JP teve baixa de 1,4% antes de publicar balanço. HSBC Holdings caiu 1,8% e Haidilao, do setor de restaurantes, teve baixa de 4,5%.

Já na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,56%, em 32.238,89 pontos. O setor de eletrônicos foi destaque, após dados positivos de crescimento na demanda doméstica. NEC Corp. ganhou 3,1% e TDK, 2,5%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou queda de 0,79% em Seul, a 2.570,87 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,37%, a 16.454,80 pontos.

Na Oceania, em Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou com ganho de 0,38%, em 7.305,00 pontos. Balanços dos setores de saúde, tecnologia e finanças foram bem recebidos. A ação da CSL, por exemplo, teve alta de 3,7%, após a gigante farmacêutica divulgar resultados.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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