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GPA apresentou desempenho fraco no 3º tri no Brasil, pressionado por inflação, diz BTG Pactual
Como era esperado, o GPA reportou desempenho fraco no Brasil no terceiro trimestre de 2022, avalia o BTG Pactual em relatório. O banco destaca que a rentabilidade ficou sob pressão devido a ajustes operacionais e menor valor de vendas.
“Os resultados do GPA continuaram a mostrar uma tendência suave em suas operações brasileiras, com seu principal formato (Pão de Açúcar) crescendo abaixo da inflação e lutando para repassar a inflação aos consumidores”, afirmam os analistas Gabriel Disselli, Luiz Guanais e Victor Rogatis.
Inflação pode dificultar recuperação do GPA
Eles destacam, que, após a venda de 70 lojas de hipermercados para o Assaí e a descontinuação do formato, 46% das vendas do GPA Brasil já são do formato “premium”, e um cenário macroeconômico mais difícil — com inflação em queda, mas ainda alta — pode dificultar a recuperação das vendas no curto prazo.
Os impactos também devem ser sentidos na soma das partes dos vários ativos em seu balanço, principalmente a rede colombiana Éxito. Com isso, o GPA se torna uma opção mais arriscada do que outros varejistas de alimentos sob a cobertura do BTG.
O banco pontua que as menores despesas gerais e administrativas foram compensadas pela pressão da margem bruta, que caiu 110 pontos-base no trimestre encerrado em setembro contra o mesmo período do ano anterior, para 23,5%, número que ficou 160 pontos-base abaixo do esperado pelo BTG. Ela foi impactada por uma maior participação de promoções, custos crescentes de embalagem e logística.
O BTG Pactual reiterou a recomendação neutra para as ações do GPA, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 39. O valor significa uma valorização potencial de 85,5% em relação à cotação atual.
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