Em um dia de baixa liquidez devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o dólar no exterior opera em alta, com expectativas de que o ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deva continuar e com avanços nas ações europeias após os dados de inflação da Alemanha.
Por volta das 13h10, o índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – avançava 0,09% a 106,18 pontos. O euro caía 0,09% a US$ 1,05527 e a libra avançava 0,03% a US$ 1,26813.
O índice DXY sofreu ontem sua maior correção de um dia desde o início de agosto, com alguns fluxos de rebalanceamento de fim de mês do lado da compra, e após os comentários menos propensos ao afrouxamento monetário de Isabel Schnabel do Banco Central Europeu (BCE).
Schnabel disse que não há necessidade de levar as taxas para território acomodatício, que, as taxas neutras do BCE podem estar na faixa de 2% a 3% e que o afrouxamento deve ser gradual, levando o euro a encontrar suporte ante o dólar e ajudando o mercado a ajustar as expectativas para a reunião de dezmebro, informa o ING em relatório.
Segundo o banco, é preciso ficar atento aos acontecimentos da política francesa. “O spread dos jurso dos títulos francês e alemão de 10 anos se ampliou para níveis não vistos desde 2012, o que é preocupante para o euro e lembra que qualquer possibilidade de apoio fiscal da França ou da Alemanha é remota”.
Nas bolsas europeias, as ações subiam, após o índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha avançar 2,2% em novembro base anual, acelerando após a alta de 2,0% em outubro, e um pouco abaixo do consenso de 2,3%, mas acima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). O índice Stoxx 600 avançava 0,43% a 507,15 pontos.
Os dados alemães, no entanto, não devem impactar as expectativas de que o BCE cortará sua taxa de juros de referência na reunião de política monetária de dezembro. A expectativa é de que o BCE realiza um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de depósito, para 3%.
“As tensões comerciais iminentes podem ser uma dor de cabeça significativa para a economia da zona do euro, mas a recente fraqueza do euro já compensa parte disso”, informa o Rabobank em relatório.
Mais cedo, a presidente do BCE, Cristine Lagarde, disse que uma guerra tarifária entre os Estados Unidos e a Europa pode aumentar um pouco a inflação no curto prazo. A taxa de inflação da zona do euro deste mês será divulgada amanhã.
No mercado de commodities, os preços do petróleo tinham alta leve, diante da expectativa é de que a Opep+ adie seu aumento planejado na produção na reunião do dia 5 dezembro.
O petróleo Brent para entrega em janeiro subia 0,15% a US$ 72,92 por barril, e o WTI para o mesmo mês avançava 0,03% a US$ 68,74. Os preços dos contratos futuros do ouro, por sua vez, caíam. O ouro com entrega prevista para dezembro recuava 0,06%, a US$ 2.638,2 por onça-troy.
*Com informações do Valor Econômico
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