A possibilidade de sofrer um ataque cibernético é uma preocupação para as empresas brasileiras maior do que as mudanças climáticas, segundo um estudo feito pela Allianz Seguros. Na edição de 2024 do mesmo estudo, as mudanças no clima eram o principal risco apontado.
Cerca de 41% dos respondentes apontaram os incidentes cibernéticos como maior risco para os negócios. Em 2024, eram 31%. No caso das mudanças climáticas, foram 38% das respostas, ante 35% no ano passado.
Em terceiro lugar da lista, aparecem as catástrofes naturais (36%), seguidas pela interrupção dos negócios (32%) e por incêndios (19%). Mudanças no mercado e apagões elétricos entraram neste ano na lista de maiores riscos, em 6º e 9° lugar, respectivamente.
Globalmente, os incidentes cibernéticos são classificados também como o risco mais importante, segundo o estudo, chamado de “Barômetro de Risco Allianz”. Quase 40% dos entrevistados apontaram os incidentes, como violações de dados e ataques de ransomware, como maior motivo de preocupação.
“Para muitas empresas, o risco cibernético, exacerbado pelo rápido desenvolvimento da inteligência artificial (IA), é a grande ameaça que se sobrepõe a todas as outras. É provável que continue a ser um dos principais riscos para as organizações no futuro, dada a crescente dependência da tecnologia – o incidente do CrowdStrike em 2024 mais uma vez destacou o quanto todos nós dependemos de sistemas de TI seguros e dependentes”, diz Rishi Baviskar, diretor global de consultoria de risco cibernético da Allianz Commercial, em nota.
Em julho, a empresa de cibersegurança CrowdStrike teve uma falha de atualização de software que provocou um apagão global e afetou sistemas de companhias aéreas e bancos. Só a Delta Airlines teve um custo de US$ 500 milhões com o evento, conforme informações divulgadas na época.
Também no ranking global, aparece em segundo lugar de maiores riscos a interrupção dos negócios, com 31% das respostas. Ela ocorre normalmente como consequência de eventos como desastres naturais, ataques cibernéticos ou apagões, insolvência ou riscos políticos, que afetam a capacidade das companhias de operar.
As catástrofes naturais ficaram em 3º lugar, após mais um ano de eventos extremos, seguidas por mudanças na legislação e na regulamentação em 4º lugar.
O “Barômetro de Risco Allianz” é um ranking anual de riscos empresariais compilado pela Allianz Commercial, seguradora corporativa do Grupo Allianz, em conjunto com outras entidades do grupo. Ele considera as opiniões de 3.778 especialistas em gerenciamento de riscos em 106 países e territórios, incluindo presidentes de empresas, gerentes de riscos, corretores e especialistas em seguros.
*Com informações do Valor Econômico
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