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Cresce importância da China nas exportações brasileiras
O valor das exportações brasileiras cresceu 34% de 2020 para 2021, alcançando recorde de US$ 280,6 bilhões, e mais do que compensou a perda de 5,4% no ano anterior. O acréscimo nos embarques desde o período pré-pandemia foi majoritariamente direcionados à China, cuja participação subiu de 28,7% em 2019 para 31,3% em 2021. A Ásia avançou quatro pontos percentuais, chegando a 46,4%.
O aumento da fatia chinesa ocorre porque as exportações ao país asiático cresceram em ritmo maior que a média de 2019 para 2021, com alta de 38,5%. Os embarques brasileiros para os Estados Unidos, União Europeia e América do Sul também aumentaram, mas a taxas menores. Com isso, a fatia americana no total das exportações brasileiras caiu de 13,4% para 11,1% nesses dois anos.
Na mesma comparação, a União Europeia teve queda pequena, de 13,6% para 13%, mas ficou com a menor participação desde 1997. Os números já excluem o Reino Unido. A fatia da América do Sul caiu de 12,6% para 12,1%.
Quando se considera apenas o volume, o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), levantado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), mostra aumento dos embarques à China em prazo maior. Segundo a pesquisadora associada do Ibre Lia Valls, o levantamento aponta tendência avanço na quantidade exportada ao país asiático desde 2008.
De acordo com o Icomex, o volume exportado pelo Brasil à China cresceu mais de 360% em 2021 em relação a 2008. Em sentido oposto, a quantidade para os EUA caiu 18,6%. Para a Argentina e União Europeia houve redução de 30% e 28%, respectivamente.
Livio Ribeiro, pesquisador do Ibre, diz que uma das explicações para o avanço dos asiáticos na exportação brasileira é estrutural, por estarmos desenvolvendo uma pauta de exportação bastante complementar à cadeia de valor asiática, o que vale para a China e outros países da região.
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