Mercado hoje: Vale (VALE3) e Magalu (MLGU) sobem, mas Ibovespa fecha em queda; dólar também cai

Ibovespa fecha o dia em queda, mesmo com IPCA negativo, com menor variação para junho desde 2017

Atualização: Em 12/7/23 a B3 informou que houve um erro na divulgação dos dados de fechamento em 11/7/23. Assim, o fechamento correto foi de queda de 0,32% a 117.555 pontos. O texto da matéria abaixo já reflete essa correção.

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (11) e o dólar caiu depois de ensaiar nova alta no começo do dia. O mercado repercute medidas da China para fomentar sua economia e os números do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados nesta manhã.

O IPCA apresentou variação de -0,08% em junho, a menor para o mês desde 2017, quando os preços caíram 0,23%. Já nos últimos 12 meses, a alta é de 3,16%, abaixo dos 3,94% apresentados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Mesmo assim, o Ibovespa desceu 0,32%, a 117.555 pontos. O índice recuperou parte das perdas do início do dia, quando chegou a cair mais de 1%, e se afastou da mínima do dia, de 115.703 pontos.

Já o dólar caiu 0,43% depois de ter iniciado o dia em alta. No horário mencionado, o dólar estava cotado a R$ 4,8616.

Ações do Ibovespa

A Vale (VALE3) teve uma das maiores altas do Ibovespa, avançando 3,58%, impulsionada pelas movimentações políticas e econômicas na China.

“A Vale está refletindo estímulos que a China anunciou hoje, destinando mais de US$ 400 bilhões de crédito para o setor imobiliário, refletindo positivamente nas ações das mineradoras”, avalia Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Outros destaques do dia são empresas do varejo. O Pão de Açúcar (PCAR3) avançou 1,79%, e o Magazine Luiza (MGLU3), que cresceu 0,33%.

Assim, no mês, as ações do GPA subiram até aqui 21,33%; Magalu caiu 9,20%.

Por outro lado, na ponta de baixo do Ibovespa, a Gol (GOLL4) caiu mais de 5% e a Azul (AZUL4) desceu 2,61%. “Azul e Gol refletiram a alta do petróleo, que acaba aumentando os custos em relação ao querosene de aviação. Um dólar mais alto também impacta negativamente o setor”, acrescenta Fernandes.

Melhores e piores da bolsa*

A Springs, do setor de indústria têxtil, avançou 10,22% na bolsa. O valor ainda pode sofrer atualização pois os dados foram atualizados até as 17h30. A empresa é uma das parceiras da Shein no avanço do site asiático no Brasil. A Recrusul (RCSL3) caiu 15% e teve o pior desempenho do dia entre todas as ações.

Altas

  • Springs (SGPS3) +10,22%
  • Alper (APER3) +5,05%
  • Priner (PRNR3) +4,79%
  • Minupar (MNPR3) +4,51%
  • IRB (IRBR3) +4,41%

Quedas

  • Recrusul (RCSL3) -15,00%
  • Espaçolaser (ESPA3) -9,55%
  • Azevedo (AZEV3) -8,72%
  • Azevedo (AZEV4) -6,56%
  • Gol (GOLL4) -5,88%

Bolsas de Nova York

As bolsas dos EUA subiram nesta terça-feira. O Dow Jones fechou em alta de 0,93%, a 34.261 pontos. O S&P 500 ganhou 0,67%, a 4.439. Por fim, o Nasdaq avançou 0,55%, a 13.760 pontos.

O desempenho das ações em Nova York foi liderado por empresas dos setores de energia e petróleo. Entre as gigantes de tecnologia, avanço de 1,30% para Amazon e de 1,42% para a Meta, dona da nova rede social Threads.

Europa

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 11, favorecidas por empresas de energia, na esteira da força do petróleo, e ainda seguindo expectativas de estímulos na China.

Londres, que operou a maior parte do pregão no vermelho, recuperou as perdas e fechou em leve alta (0,12%, aos 7.282,52 pontos), após o índice FTSE 100 ser prejudicado pelo avanço de salários do Reino Unido, que alimentou expectativas de mais aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

O CAC 40, em Paris, avançou 1,07%, a 7.220,01 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,65%, a 30.112,10. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,85%, a 9.331,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI subiu 0,37%, a 5.924,05 pontos.

*A lista de melhores e piores da bolsa contempla empresas que negociam ações na B3 , dentro ou fora do Ibovespa e outros índices, e que no dia tiveram volume de negociação na casa dos milhões de reais, ou acima disso.

Com informações do Estadão Prime