Mercado hoje: Ibovespa engata sexta alta seguida impulsionado por ações de petroleiras e exterior positivo

Petróleo subiu mais de 3% diante de otimismo com a demanda da commodity; nos Estados Unidos, os investidores apostam em uma inflação mais amena

O Ibovespa ganhou força na reta final do pregão e fechou em alta de 1,53%, aos 112.517 pontos (após ajustes). O sexto avanço seguido do índice foi impulsionado pelas ações de petroleiras e pelo otimismo dos mercados internacionais, que seguem aportando no Brasil mesmo após os atentados contra a democracia ocorridos no último domingo.

A bolsa brasileira voltou a um patamar registrado pela última vez em 14 de novembro de 2022.

No exterior, o apetite pelo risco se dá pela expectativa dos investidores que Federal Reserve talvez não precise elevar tanto os juros, dependendo dos dados de inflação que serão divulgados nesta quinta-feira.

O dólar comercial fechou em queda de 0,41%, a R$ 5,18, também sob forte influência externa, com a moeda perdendo valor em relação às principais rivais, inclusive o real. A mínima do dia foi R$ 5,16. Desde o início do governo Lula, a divisa americana acumula perda de 1,9%.

O petróleo Brent – usado pela Petrobras como base para formulação de preços – fechou em alta de 3,21%, a US$ 82,67 o barril, diante do otimismo do mercado com o aumento da demanda da commodity, um dos fatores a puxar o setor pra cima.

O outro fator foi a 3R Petroleum. O relatório operacional da companhia apresentou um salto de 93% na produção de barris por dia em dezembro, ante novembro. Somado a isso, o banco JP Morgan iniciou a cobertura da empresa com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 100, indicando valorização potencial de 150%. O papel subiu mais de 8% no pregão.

O banco americano também citou a PRIO, antiga Petro Rio, colocando a empresa como bem posicionada no mercado e pronta para o crescimento.

“Essas empresas oferecem diferentes perfis de risco-retorno, o que pode agregar valor ao portfólio; e mesmo que se prefira uma empresa à outra, saudamos a diversificação para mais regiões/ativos para mitigar os riscos concentrados de cada empresa”, disseram os analistas no relatório.