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Dólar tem queda firme e vai abaixo dos R$ 5,35 com alívio externo
Após dias de altas substanciais, o dólar opera em queda firme nesta quarta-feira, ficando abaixo dos R$ 5,35 nas mínimas. Os mercados passam por um dia mais ameno, com clima favorável para os ativos de risco, o que beneficia moedas emergentes como o real – que lidera os ganhos entre as moedas globais.
Perto das 13h35, o dólar recuava 1,48%, sendo negociado a R$ 5,3430 no mercado à vista. Mais cedo, na mínima intradiária, foi cotado a R$ 5,3473. Já no mercado futuro, o dólar para agosto caía 1,57%, a R$ 5,3780.
No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, operava estável, a 107,13 pontos. Ante outras divisas emergentes, o dólar recuava 0,32% contra o peso mexicano; 0,27% ante o rand sul-africano; e 0,75% em relação ao rublo russo.
O real lidera os ganhos entre as 33 principais divisas globais. “Seria natural um ajuste após a alta [do dólar] acumulada de +10,15% em junho e e 3% em julho (até ontem)”, destacou o diretor da FB Capital, Fernando Bergallo.
Na véspera, o dólar comercial fechou o dia a R$ 5,4217, maior fechamento desde 27 de janeiro, enquanto o dólar futuro para agosto bateu os R$ 5,50. “A linha de suporte do dólar futuro está na faixa de R$ 5,36 e abaixo tem bom espaço para cair”, diz relatório da WIA Investimentos, assinado por José Faria Junior . “Compras de muito curto prazo até podem ser feitas na região atual, mas o momento é mais propício para vender.”
Contudo, Bergallo pondera que a questão fiscal interna, diante da “PEC das Bondades”, segue como “grande fator de risco”. “Não fosse a questão fiscal, poderíamos ter devolvido muito mais [as altas recentes do dólar]. A Câmara dos Deputados tenta votar a PEC das Bondades em dois turnos, a partir das 18h30. Neste momento, a comissão especial que analisa a PEC está reunida para votar o parecer do relator, deputado Danilo Forte (União-CE).
De um modo geral, os mercados corrigem as perdas dos últimos dias, com os principais índices acionários americanos e europeus operando no campo positivo com as commodities, como o petróleo, que registram altas. Os contratos do WTI e do Brent sobem mais de 5% no mercado internacional, após as notícias de que a China está voltando a considerar novos estímulos à sua economia. No entanto, o movimento acaba sendo limitado pelo prolongamentos dos lockdowns no país.
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