CVC posterga para 2026 pagamento de debêntures que venceriam em abril e junho
Com o acordo anunciado nesta sexta-feira com os debenturistas, a CVC (CVCB3) conseguiu postergar para 2026 o pagamento de duas debêntures que venceriam em abril e em junho deste ano. Em troca do acréscimo de três anos e seis meses aos prazos, a companhia de turismo vai pagar aos credores juros até o fechamento efetivo do acordo e fazer uma amortização parcial da dívida.
Além disso, os títulos de dívida passarão a ter garantias, como a cessão fiduciária de recebíveis de cartões de crédito. A CVC também terá que cumprir cláusulas restritivas (“covenants”) como limite de dividendos de 25% ao ano e capex de R$ 125 milhões.
A relação entre dívida líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) não deve superar 3,5 vezes até dezembro de 2024, 3 vezes a partir de março de 2025 e 2,5 vezes a partir de março de 2026.
O acordo envolve a 4ª emissão (CVCB14 e CVCB24) e a 5ª emissão (CVCB15) realizadas em abril de 2019 e janeiro de 2021. Com as duas operações, a CVC levantou R$ 1,14 bilhão.
Com o acordo, a empresa vai amortizar 20% do saldo devedor da primeira série da 4ª emissão, 10% da segunda série da 4ª emissão e 10% da 5ª emissão.
Posteriormente, a CVC fará três amortizações, pagando 10% do saldo em novembro de 2024, 45% em novembro de 2025 e 45% em novembro de 2026.
O volume da operação é de no máximo R$ 900 milhões. As debêntures reperfiladas terão acréscimo de juros equivalentes a DI + 5,5%. O valor unitário também será acrescido de um prêmio de 3,6%.
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