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Decisões de juros no Brasil, nos Estados Unidos e até no Japão vão mexer com os negócios
O calendário econômico de 29 de julho a 2 de agosto tem pela frente as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos como destaques. Dessa vez, a Super Quarta de definição de juros ganha o reforço do Japão.
Mas já, já explicamos os motivos.
Antes, a agenda da semana traz também novos dados dos mercados de trabalho brasileiro e americano. Esses indicadores mexem com as expectativas de inflação nos dois países e, consequentemente, com os rumos dos juros aqui e lá.
Portanto, fique ligado: a PNAD Contínua, com os números oficiais de emprego no Brasil, sai na quarta. Enquanto o payroll, contando como está a abertura de vagas nos Estados Unidos, está previsto para a sexta.
Ainda vale acompanhar a temporada de balanços do 2º trimestre de 2024. As principais divulgações dos próximos dias você confere lá no final do texto.
Selic a 10,50%: Copom pode sinalizar alta?
Partindo para as decisões de juros que movimentam o calendário econômico, a tendência na cena doméstica é o Copom manter a Selic em 10,50%. Logo, pelas previsões do mercado financeiro, a possibilidade de o colegiado cortar a taxa é praticamente zero.
Isso por que o Boletim Focus tem indicado piora nas projeções da inflação neste ano e no próximo. Bem como a alta do dólar, com a cotação nas máximas de 2024, traz um panorama de incertezas.
Em síntese, tudo isso respinga na política monetária.
Assim, os agentes ficarão concentrados nos alertas do comunicado do Copom. Não será surpreendente se Roberto Campos Neto e seus colegas de Banco Central sinalizarem no texto o risco de um novo aumento da Selic.
Foco no Fed
Agora, lá nos Estados Unidos, o mercado vive a expectativa de um início de ciclo de corte dos juros. Não será agora que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai começar a relaxar a taxa, que está estacionada no intervalo de 5,25% a 5,50%.
Porém, na coletiva que sucede a decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, será questionado se os juros finalmente começarão a cair no encontro de setembro.
A plataforma em tempo real FedWatch, do CME Group, mostrava na sexta-feira (26) que a possibilidade de queda na próxima reunião estava perto de 90%.
E o Japão com isso?
Bem, a Super Quarta já começa pegando fogo com a decisão de política monetária do BoJ, o banco central do Japão. O iene, a moeda oficial do país, tem se valorizado nas últimas semanas frente ao dólar entre outros motivos pela chance de o BoJ aumentar os juros agora.
Dessa manteira, o movimento de aperto monetário na terra do sol nascente impacta diretamente a dinâmica do real aqui no Brasil. Em razão da operação conhecida no mercado financeiro como carry trade, de tomar empréstimo em país de juros baixos e aplicar naquelas de taxas altas.
Em suma, os investidores profissionais deixam de tomar risco em mercados emergentes, como o Brasil. Para buscar ganhos em mercados mais seguros, como o japonês, com os rumores de ascensão dos juros.
Calendário econômico – 29 de julho a 2 de agosto
Segunda (29)
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
08h30: Estatísticas fiscais de junho (Banco Central)
Terça (30)
06h00: PIB do 2º trimestre de 2024 na zona do euro (leitura preliminar)
08h00: IGP-M de julho (FGV/Ibre)
Balanços: Klabin e Microsoft
Quarta (31)
01h00: Decisão de juros no Japão (BoJ)
09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de junho (IBGE)
15h00: Decisão de juros nos Estados Unidos (Fed)
15h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
18h30: Taxa Selic/Decisão de juros no Brasil (Banco Central)
Balanços: WEG, Gerdau e Meta (Facebook)
Quinta (1)
Sem indicadores relevantes
Balanços: Ambev, Cielo, AES Brasil, Auren, Apple e Amazon
Sexta (2)
09h00: Produção industrial de junho (IBGE)
09h30: Payroll/Taxa de desemprego de junho nos Estados Unidos
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