Bradesco BBI eleva recomendação de ações do Itaú para compra

Relatório aponta que ação está abaixo do valor justo, mesmo considerando o pior cenário para 2024

O Bradesco BBI elevou nesta sexta-feira (15), de neutra para compra, a recomendação atribuída à ação do Itaú Unibanco (ITUB4).

O analista Gustavo Schroden, que assina o relatório, afirmou que mesmo considerando o pior cenário para 2024, a ação do Itaú está abaixo do valor justo.

Por pior cenário, o profissional considera perdas possíveis com o fim do benefício fiscal de juros sobre o capital próprio (JCP) e as alterações regulatórias nos juros das operações com cartões de crédito.

Mesmo assim, nas contas do BBI, o Itaú teria no ano que vem uma rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) de 16,5%, acima do que embute o preço atual da ação, de 15%.

“O que vemos é um balanço sólido, com uma base de capital e um índice de cobertura superiores, que dão ao banco uma vantagem no caso de um crescimento dos empréstimos mais rápido e/ou um de pagamento de dividendos mais elevado”, diz trecho do documento.

Para Schroden e equipe, o preço da ação do Itaú é atraente, considerando que ela vale hoje 27% menos do que a média histórica, considerando métricas de lucro esperado.

Além disso, ITUB4 embute desconto de cerca de 25% a 31% em relação à média dos ciclos anteriores de flexibilização da Selic.

O BBI prevê aumento de 5,3% do lucro recorrente do Itaú para 2024, a R$ 40,1 bilhões, indicando um preço-alvo de R$ 36,00, ou um potencial de valorização de 30% da ação.