Robô que analisa ‘constelações’ na bolsa de valores vence desafio de estratégia quantitativa

Um robô capaz de enxergar não apenas a luminosidade de uma estrela, mas as constelações que se formam a partir delas. No universo? Não, na bolsa de valores de São Paulo. É poético, mas principalmente eficiente. A ponto de ser este o conceito por trás do robô que venceu o Desafio Quant deste ano.

O desafio é organizado pela Itaú Asset. A gestora pretende estimular a inovação no investimento por meio de estratégias quantitativas, que ajudam a mostrar a performance dos ativos. E otimizar portfólios de investimentos.

O concurso não é pequeno. Contou na atual edição com 1.281 estudantes. Eles estão matriculados em 126 universidades de 20 estados diferentes do País. E formaram 462 grupos diferentes.

Robô foi criado por alunos da Poli-USP

Os vencedores são alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Alexandre Barsam Junqueira, Giovane Azevedo, Matheus Kanaan e Eduardo Parri Cuperman criaram um robô chamado Persistence.

O projeto vencedor não é simples aos olhos de um leigo, mas vamos tentar explicá-lo.

Assim, o Persistence usa a análise Topológica para otimizar portfólios de ações listadas na B3. Então, ele utiliza esse modelo em vez da tradicional estatística clássica.

É que aqui que se coloca a diferença entre o brilho das estrelas e as constelações.

Dessa maneira, ao usar a análise Topológica, o Persistence balanceia as carteiras por meio dos retornos das ações. Então, espera-se com isso que os retornos sigam as tendências previsíveis. Isso com base nos dados de um período anterior ao investimento.

“Depois de cinco edições deste desafio, pudemos constatar o quanto o Brasil é rico em talentos de finanças quantitativa”, afirmou Rafael Lavrado. Rafael é analista quantitativo da Itaú Asset. E responsável pela organização do Desafio Quant.

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