Melhores e piores da bolsa: Americanas dispara de novo e bate cinco altas seguidas; Oi tem a maior perda

Veja as melhores e piores ações do dia na bolsa de valores nesta sexta-feira, 27 de janeiro

Dedicada a abandonar de vez a alcunha de penny stock, a Americanas (AMER3) segue recuperando parte dos valores perdidos depois do anúncio de que a empresa tinha inconsistências no balanço, que tirou 77% do valor dos papéis no auge da perda de valor.

Apesar de a crise ainda estar longe do fim (há quem diga que ela está apenas começando), a sexta foi de vitória na bolsa. As ações subiram mais de 16,5%, batendo R$ 1,20 no final do pregão. No pior momento das ações na bolsa, o preço caiu para a casa dos R$ 0,70.

A semana, como um todo, foi de recuperação para a Americanas na B3. A empresa engatou cinco altas seguidas nesta sexta-feira, tendo voltado ao patamar de R$ 1 na quinta e acrescentado mais algum valor na última sessão da semana.

Porém, em comunicado, a empresa fez questão de ressaltar que as oscilações intensas no valor dos papéis nada têm a ver com o processo de recuperação judicial e disse se tratar apenas de “especulações”.

Enquanto isso, credores, debenturistas, trabalhadores e acionistas seguem com suas iniciativas na Justiça para tentar, ao menos, reduzir os impactos da crise da varejista.

Variações

No dia 11 de janeiro, data anterior ao anúncio dos problemas contábeis, a ação fechou o pregão valendo R$ 12 e dessa data até o dia 20 de janeiro, dia em que atingiu o menor valor histórico, a queda foi de 94,1%, segundo o levantamento da TradeMap. Depois disso, o máximo foi no dia 13 de janeiro, com R$ 3,15, e dessa data até o dia 20 de janeiro a queda foi de -77,5%.

Nesta sexta, a empresa anotou valorização de 69% desde o mínimo histórico de 20 de janeiro, mas a queda acumulada de 11 até 27 de janeiro é de 90%.

Perdas

A empresa que liderou as perdas na bolsa foi a Oi (OIBR3). A empresa de telecomunicações havia se destacado ao longo da semana, mas reverteu parte dos ganhos nesta sexta, quando caiu mais de 7% na bolsa. Ainda assim, a empresa tem tido uma recuperação importante nos últimos doze meses, com alta de mais de 110% no período.

Entre as maiores quedas do dia, destaque para a Camil (CAML3), que perdeu mais de 5% do valor das ações e liderou as perdas entre empresas que movimentam volumes na casa dos milhões ou mais.

Há uma semana, o Bradesco havia considerado que a alta iminente do preço de arroz impulsionaria o valor das ações, tese também apresentada pelo Santander na quinta-feira.

A empresa chegou a liderar os ganhos na bolsa depois da projeção do Bradesco, mas o movimento do mercado nesta sexta foi de desconfiança com relação à capacidade da empresa de surfar esse aumento de preços. Antes, há duas semanas, o balanço da Camil já havia acedido o alerta do investidor, com resultados aquém do esperado.

Veja a cinco maiores altas do dia*

  • Traders Club (TRAD3) +18,30%
  • Estapar (ALPK3) +16,54%
  • Americanas (AMER3) +16,50%
  • IRB (IRBR3) +13,35%
  • Le Lis Blanc (LLIS3) +8,82%

Confira as cinco maiores quedas*

  • Oi (OIBR3) -7,39%
  • Camil (CAML3) -5,99%
  • BRF (BRFS3) -5,24%
  • Cemig (CMIG3) -5,12%
  • Ambipar (AMBP3) -4,75%

* As ações que compõem os rankings de melhores e piores da bolsa da IF são aquelas que movimentaram volumes na casa dos milhões ou acima disso, compondo ou não o Ibovespa e outros índices.

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